sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A América Latina e o papel do Brasil.

O papel do Brasil no fortalecimento da América Latina é de fundamental importância, como principal país latino americano, o Brasil tem o dever de assumir a frente nessa empreitada rumo à independência econômica e cultural da América Latina.
Na reunião da Cúpula Social do Mercosul o presidente Lula retratou bem esse papel do Brasil, algumas das falas do presidente:
"Um país como o Brasil tem que assumir a responsabilidade, como a maior economia desse continente, de criar as condições para os países menores economicamente se sentirem confortáveis na relação com o Brasil"
Isso não deve soar como bondade, como afirmou o presidente, é simplesmente uma compreensão de que precisamos nos unir para um objetivo maior.
O presidente também criticou a ALCA, onde os EUA queriam fazer acordos somente com o Brasil.
"A gente se perguntava, 'será que os Estados Unidos vão fazer com a América do Sul o que a União Européia fez com os países pobres, como Grécia, Espanha e Portugal? Eles vão pedir dinheiro para alavancar o desenvolvimento de infraestrutura? Ele vai ajudar no desenvolvimento tecnológico? Ele vai colocar dinheiro para tornar os países mais iguais?' Não", disse o presidente
Nessa nova fase o Brasil deve sim assumir essa responsabilidade, com muito cuidado, pois não queremos ser a nação imperialista dentro da América do Sul, mas o país que guiará nossos vizinhos nessa nova fase de amadurecimento. Contra o Imperialismo Norte-americano, e a favor da democracia, do livre comércio, da valorização cultural.
Esse assunto deve ser pauta das próximas discussões políticas. Nosso país está caminhando em ritmo acelerado, mas só conseguiremos ser um país que ofereça condições dignas para todos os brasileiros se nos preocuparmos com os paises a nossa volta.
Espero que nosso novo governo invista nessas novas conquistas e lute, cada vez mais, por uma América Latina unida.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Os verdadeiros representantes.

“Câmara aprova reajuste acima da inflação para parlamentares, presidente e ministro. (...) o reajuste foi acima da inflação”Revista Carta Capital.


Prova da anti-democracia! O aumento salarial acima da inflação é um absurdo, temos que marcar o nome de todos que votaram a favor e pensar muito bem antes das próximas eleições.
O projeto foi votado em pedido de urgência! Com tantos assuntos de interesse PÚBLICO a serem debatidos e com as inúmeras melhorias que a população espera é uma falta de respeito esse aumento. Mas acho justo dar nomes aos bois, tiveram representantes de dois partidos que se manifestarem contra, Luiza Erundina (PSB-SP) e Ivan Valente (Psol-SP).
Confira a opinião dos dois parlamentares que honraram o povo que os elegeram e brigaram por NOSSOS anseios, ao contrário dos demais que se limitaram a pensar somente na conta bancária que irá aumentar...
Luiza Erundina: “Nós, parlamentares, não podemos deliberar em nome do próprio interesse contra o interesse público. Esse projeto é um absurdo. Eu recomendaria aos meus colegas, se essa proposta for aprovada, que tirem os seus botons, porque vão sofrer agressões da população, que não aceita arbitrariedades contra o interesse público”.
Ivan Valente: “Defendemos o reajuste inflacionário, o que elevaria nosso salário para cerca de R$ 20 mil. É incompreensível que a Câmara aprove um aumento desses para nós enquanto discutimos o congelamento do salário mínimo em R$ 500″

E vamos a luta! Um dia teremos uma maioria política comprometida com o povo, que realmente se importe com o crescimento do país. Lembrem-se bem desses assuntos antes de votar. Faça valer seu voto! Felizmente minha consciência está limpa, Ivan Valente representou todos aqueles que depositaram a confiança nele, inclusive eu. Não deveria agradecer, pois é DEVER de todo político zelar pela população, mas em meio aos nossos representantes, acho digno e justo agradecer tanto a Luiza Erundina quanto Ivan Valente. Muito obrigado!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nacionalistas...

Certa vez, em meio à execução fervorosa do hino nacional Argentino, antes de uma assembléia do país, um jornalista brasileiro diz a um dos militantes argentinos que eles eram muito nacionalistas. Em resposta o militante disse: “Nós? Não. Nacionalistas são os brasileiros, que fizeram a Petrobrás, Banco do Brasil, não venderam todas suas empresas nos anos 90… E não precisam cantar hino nacional nem bater no peito para defender seus interesses. Vocês é que sabem ser nacionalistas”

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks

E o Wikileaks está dando o que falar.... Todo mundo (e isso não foi uma expressão, é todo o mundo mesmo) está comentando o feito de Julian Assange, o australiano fundador do site.
O site já está a um tempo no ar (alguns anos) e vem publicando fotos, documentos e vídeos de fontes anônimas que vazam de empresas e governos.

Os últimos acontecimentos:
Em Outubro de 2010 o site publicou 40.000 documentos sobre a guerra no Iraque, falando de torturas contra os prisioneiros e ataques norte-americanos.
Isso já esquentou o clima mundial, e no final de novembro o site publicou telegramas secretos de embaixadas e do governo dos EUA. Dias depois, curiosamente, o governo sueco deu uma “notificação vermelha” a 188 países pedindo informações sobre o paradeiro de Assange, e mais curioso ainda, toda essa mobilização foi porque duas mulheres suecas o acusaram de violência sexual (ah ta... a gente acredita, pode deixar).
No dia 7 de dezembro (ontem) Assange se entregou a polícia de Londres e hoje é um preso político. Seria engraçado se não fosse trágico toda essa situação, a falta de liberdade de expressão, a fragilidade dos governos e o grande poder que essas informações detêm.
Isso tudo está acontecendo desse jeito, pois nossos vizinhos do Norte estão se sentindo prejudicados, a ferida está se abrindo cada vez mais, se isso acontecesse com a China, Cuba ou Rússia, por exemplo, Julian Assange estaria, automaticamente, indicado ao Nobel da Paz e estaria com a agenda cheia de entrevistas e palestras...

Plano Nacional de Banda Larga

É de extrema importância e urgência o acesso igualitário à internet. Como está hoje, mesmo com os planos das empresas privadas, os preços ainda excluem grande parte da população.
E como bom Estado capitalista, as empresas privadas estão dando o tom dessa empreitada do Governo Federal pelo plano nacional de Banda Larga.
A Telebrás pode intervir no plano e com isso diminuir o preço do serviço, mas é claro que não será tão fácil assim. As empresas privadas não querem a intervenção, pois não querem criar concorrência, dessa forma a empresa atuaria só nos lugares onde as empresas privadas não atuam.
Independente do que acontecer e como será feito, espero que a internet se torne um serviço comum a todos os brasileiros. Acesso é informação.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Os vilões são quem?

Vamos parar e pensar um pouco no que está acontecendo no Rio de Janeiro. Estamos vivendo um estado de guerra civil e começa a aparecer, como em toda guerra, os vilões e os mocinhos. Claro que nessa situação, na atual conjuntura, os polícias estão desempenhando papel fundamental para a segurança dos moradores do Rio, daí a serem os mocinhos é outra história... reconheço que estão ajudando, mas isso não apaga tudo que sabemos que acontece. Como escrevi no texto anterior, se chegou nesse ponto, tem muita gente grande por trás, e ai está o problema. Bandido e dono de boca é preso, mas muita gente que não mora nas favelas, que anda com carro importado, que frequenta só lugares conceituados e que também contribuem com tudo isso que está acontecendo, continuam ilesos e prontos (e dispostos) a continuarem.

Tem duas matérias que sairão na Carta Capital que merecem serem lidas, não precisa concordar, mas são bem interessantes.

Gaza? Não, Rio de Janeiro
Violência no Rio: a farsa e a geopolítica do crime

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Alguma coisa precisa mudar

Mais uma noite de ataques no Rio de Janeiro. Desde o final de semana passado a cidade vem sofrendo com a queima de veículos. Isso nos leva a pensar não na crueldade dos traficantes ou no controle que eles têm da situação, mas no papel do estado nessa situação.
Se tudo isso acontece, primeiro, deve haver um motivo, segundo, como os bandidos tem recursos para esses ataques (armas, bombas...) e terceiro, por que a polícia não está conseguindo controlar a situação?
Bom, podemos interpretar de muitos modos essa situação, mas tenho pra mim que o problema maior, infelizmente, deve ser resolvido de cima pra baixo. Não é com atitudes pontuais que isso irá acabar. A questão a ser analisada está dentro das políticas públicas, na fiscalização e no policiamento.
Claro que ações diretas e pontuais a esses ataques são necessárias, mas isso não pode ser único, o dever do Estado não é somente corrigir uma situação que atingiu seu limite, mas dar condições para que não aconteçam mais, e isso vai muito além de colocar o BOPE na rua e matar dezenas de bandidos.
A fiscalização nas fronteiras deve ser reforçada e não somente, mas devem ter profissionais comprometidos com o trabalho, ou será mesmo que todo aquele armamento dos traficantes passa despercebido pela polícia nas fronteiras?
Não adianta colocar o exército na rua, a população quer mais que simplesmente resolver uma situação, a população não quer mais ter esse medo. E por que isso continua acontecendo?
Os salários dos policiais são baixos, o treinamento é pouco, a dedicação do estado com esses profissionais não é o bastante. Nossas fronteiras são frágeis e de fácil acesso, temos que ter uma maior fiscalização e profissionais com condições justas de trabalho pra não termos mais risco, ou ao menos diminuí-los, de corrupções.
E claro que melhorar as condições dos jovens brasileiros para que esses cresçam com melhores condições e não encontrem no crime a solução para as suas aspirações. Melhorar as condições das cadeias brasileiras para que aqueles que forem presos não saiam piores do que entraram. A Prisão é um lugar não de simples punição, mas de uma nova inclusão social. Como acontece hoje é inevitável que grande parte dos que cumprem suas penas saiam, se não piores, iguais ao que eram.
Pra mim, o assunto em questão vai além do crime organizado, vai muito mais além...

domingo, 7 de novembro de 2010

Eleição 2010

No domingo tivemos um acontecimento que, independente das convicções de cada um, certamente entrará para a história.

Alguns fatores que fazem desse momento diferente de qualquer outra eleição presidencial:

A primeira mulher presidente do Brasil.
Em 80 anos nenhum  presidente fez seu sucessor.
A mídia se mobilizou contra a candidata vencedora, e fez uma aliança “escondida” com seus principais adversários.
Enfrentou assuntos carregados de conservadorismo, como religião e aborto, fugindo dos temas relevantes para a disputa presidencial.
Foi acusada e taxada de terrorista e marionete do presidente Lula.
Teve que defender seu partido e aliados, dando explicações de problemas reais que aconteceram ou acontecem.
Teve q lidar com suas fragilidades e limitações, sempre ampliadas na comparação com Lula (que saiu de seu governo com mais uma marca histórica, 86% de aprovação)
Levou as eleições para o segundo turno e mesmo com todos esses fatores, teve 56% dos votos.
Viva a democracia!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Abóbora, só com carne seca.

Vamos parar com essa história de Halloween, abóbora só é bom com carne seca.

Temos uma cultura riquíssima, recheada de mitos e lendas, com personagens dos mais diversos, e está pra aparecer alguém que me convença a comemorar os mitos dos outros.
O Halloween não é nosso, não faz parte da nossa cultura! Valorizo toda manifestação cultural, de qualquer país, inclusive a minha.
Vamos esquecer o dia das bruxas, abóbora com olhos e vela dentro é coisa de norte americano. Vamos usar nossos mitos, nossas lendas, vamos exaltar nossa cultura!
No Halloween vamos acabar com essa dependência imperialista, vamos usar nossos personagens, vamos usar o SACI!
O Saci é um símbolo de resistência, tem relação com nossos antepassados, com a luta dos escravos contra seus senhores. Ele é um ser mágico, arteiro, brincalhão, guerreiro, no dia 31 de outubro vamos esquecer as Bruxas e substituir as fantasias pelo gorro vermelho do Saci.
Pra quem concordar com o fortalecimento da nossa cultura, pra quem acha que o dia 31 de outubro deve ser o dia do Saci, acesse AQUI e seja mais um que luta pela cultura nacional.
Outra atividade interessante como resistência da nossa cultura está no blog É o Saci urbano,
É um artista que luta para deixar sempre fresca a imagem do Saci no nosso dia a dia.

Viva nossa cultura! Viva o Saci!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Amanhã vai ser outro dia"

O dia crucial para a democracia brasileira está chegando, o dia que escolheremos a próxima pessoa a representar nosso país.

Algo interessante que está acontecendo nessas eleições é a grande participações de empresas, jornais, intelectuais e artistas. Todos dão seus palpites e indicam votos, todos lutam, dentro do possível, por seus ideais. Mesmo que essa luta, nem sempre, seja feita de maneira justa e tão democrática assim, fico feliz em saber que começamos a evoluir politicamente, que a política cada dia que passa se aproxima mais da vida das pessoas.
Dias atrás, alguns intelectuais e artistas, dentre eles o GRANDE compositor Chico Buarque de Holanda, fizeram o “MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS PRÓ DILMA” leia Aqui ou Aqui
Outro apoio importante foi o de aproximadamente 50 ambientalistas, que nessa semana assinaram uma carta de apoio à candidata Dilma, intitulada “Marineiros com Dilma", isso por que esses mesmos ambientalistas são do PV e no primeiro turno apoiaram a Candidata Marina.
E nessa semana apareceu um “suposto” texto do jornalista Pedro Bial, declarando seu apoio a candidata Dilma, e começou a circular na internet. Verdade ou não, o texto é muito bom (independente de quem tenha escrito). O texto segue abaixo pois compartilho de cada palavra e sou grato por todos aqueles que lutaram pra que hoje eu possa me expressar e votar em quem bem entendo. Segue o texto:

“O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que “um filho seu não foge à luta”. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964, quando os militares, teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos golpes militares da desgraçada história brasileira. Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, “colocaram o rabinho entre as pernas” e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram o status de exilado político durante longos 16 anos, em plena mordomia, inclusive com polpudos salários. Foi nas belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.
Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas, sofreram prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que, hoje, possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de imprensa. Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informa vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora.Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira, já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de 2010. Detesto fujões, detesto covardes!”

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Bem vindos! Voltamos à Idade Média.

A muito tempo atrás, pouco mais de 800 anos, quando as pessoas pensavam diferente, quando o número de informações era muito menor, quando a economia era outra e o acesso a informação era restrito, a igreja tomava conta de tudo. Participava diretamente de tudo, a igreja era o Estado. Era ela quem ditava as regras e quem se encarregava de punir aqueles que não as cumprissem.

Pois bem, 800 anos se passaram e tudo mudou: economia, cultura, valores. As pessoas agora têm acesso a informação e consequentemente desenvolveram uma capacidade maior de raciocínio.
Nessas eleições, não sei se por saudade, estamos voltando a Idade média, onde a igreja ditava as leis. Essas eleições serviram pra nos alertar desse “poder” que a igreja ainda exerce na sociedade e a vontade da mesma de ainda continuar no comando do Estado.
O caso da legalização ou não do aborto gerou uma revolta nas igrejas cristãs, padres, pastores e líderes ficaram inconformados com o assunto e saíram para a luta.
Até ai, tudo bem. Acho que a igreja deve levar a seus cultos e missas assuntos sociais e políticos, com o intuito de politizar seus sermões, de promover o debate.
O que está acontecendo nessas eleições é que alguns membros da igreja estão usando seus “poderes” em relação aos fiéis para impor uma ideologia política e não propondo um debate de idéias e propostas.
Mas isso não é o pior. A causa da minha indignação foi que a igreja “exigiu” o comprometimento dos candidatos, para que esses não legalizassem o aborto e o casamento entre homesexuais, por exemplo. Como que a igreja exige isso? Não é o papel dela! Não devemos ficar esperando a opinião de instituições conservadoras e hipócritas para decidir em quem votar. E como se não bastasse a mídia pegou carona nesse barco e resumiu toda uma campanha de propostas e ideologias partidárias num assunto pontual.
Devemos discutir o Brasil, os próximos passos desse país que não para de crescer, discutir propostas, algo que realmente importe para o crescimento social de nosso país.
Mais uma vez a igreja está ditando as regras, mais uma vez está sendo influenciadora. Aborto é questão de saúde pública, deve ser discutido por quem sabe, e não ser julgado por uma “suposta” moralidade das igrejas e seus fiéis.


Sei que muitos líderes religiosos e adeptos se preocupam com políticas públicas e não ficam batendo sempre na mesma tecla. Sei que muitos deles se mostram dispostos a fazer o debate e juntos ajudar num país melhor. Mas grande parte das instituições ainda preserva esse sentimento de dominação e de “dona da verdade”.


Um texto muito bom sobre o aborto, por Maria Rita Kehl Aqui

“A começar pelo óbvio: não se trata de ser a favor do aborto. Ninguém é. O aborto é sempre a última saída para uma gravidez indesejada. Não é política de controle de natalidade. Não é curtição de adolescentes irresponsáveis, embora algumas vezes possa resultar disso. É uma escolha dramática para a mulher que engravida e se vê sem condições, psíquicas ou materiais, de assumir a maternidade.”
“(...)Da classe média para cima, as moças pagam caro para abortar em clínicas particulares, sem que seu drama seja discutido pelo padre e o juiz nas páginas dos jornais.” Maria Rita Kehl

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Liberdade de expressão? Só para alguns.

Nesses últimos tempos esse tema se tornou comum nos jornais e revistas, algumas suposições de que o governo estaria “censurando” a imprensa tomaram as páginas de algumas revistas e jornais. Fizeram ressurgir um antigo medo de que o Estado, dependendo do novo presidente, censuraria os meios de comunicação.
Pois bem, já deu pra perceber, a muito tempo, que a mídia é totalmente parcial, e não só isso, mas ela exerce com todo sua força seu potencial de penetração na sociedade para disseminar sua ideologia.
Só uma coisa me deixa intrigado: esse assunto só é comum (e válido) para o atual governo federal, todos os grandes veículos (Estadão, Folha de São Paulo, Veja, Globo) só falam de um lado. Pra não acharem que estou falando besteira, alguém leu a matéria na Veja, ou viu na Globo alguma noticia falando sobre a demissão de Heródoto Barbeiro do “Roda Viva”? Pois é, existe uma “suposição” de que essa demissão seja fruto do descontentamento de José Serra sobre alguns questionamentos do jornalista. Como foi o caso da demissão do maestro Neschling, da OSESP, também atribuída a Serra. O candidato realmente tem essa fama de “pedir a cabeça” dos jornalistas que ele não gosta... acho que alguém precisa avisar isso pra Veja, daria uma boa matéria, ou dossiê, como eles gostam de fazer.
Outro caso interessante, foi a demissão da colunista Maria Rita Kehl do jornal Estado de São Paulo Leia aqui, é bom ficar sabendo.
Liberdade de expressão é um direito universal, e qualquer um que coloque barreiras para isso deve ser punido, o único detalhe é que devemos punir TODOS que fazem isso.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

E começa o Segundo turno.

Agora é a hora da verdade, dos esclarecimentos.

Nesse segundo turno a candidata do PT insistirá na comparação do governo de FHC e Lula. E concordo. Há interesse em continuar programas desenvolvidos pelos petistas ou um retorno às políticas de FHC? Será essa resposta que definirá o resultado do segundo turno.
Concordo com a posição da candidata Dilma, quando ela compara o Governo FHC com o de Lula, pois acredito que as discussões políticas se dão em cima de projetos para o Brasil, e não somente a assuntos pontuais, como muitas vezes eram discutidos nos debates.
Falar que faz, todos falam, boas intenções, todos têm, mas e o que já foi feito? Temos uma situação “favorável” para o eleitor, que terá no que se basear para a escolha do seu voto. Tanto Serra quanto Dilma, tiveram seus governos por 8 anos no Brasil. Resta escolher a melhor política.
Dentro dos próximos 10 dias saberemos qual posição a candidata do PV, Marina Silva, irá tomar. Além da escolha entre Dilma ou Serra o PV não descarta a neutralidade.
A candidata teve 20 milhões de votos e atingiu 19,3%. Um número significativo e valioso para os candidatos.
Além disso, resta saber como os eleitores de Marina irão agir nesse segundo turno. Nem sempre o apoio do partido é refletido nos votos da militância. Está muito cedo para grandes profecias e certezas, mas as movimentações já começaram.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

13º no Bolsa Família

Para aqueles que criticam o programa Bolsa Família do Governo Lula, e enchem a boca para julgá-lo como assistencialismo, e assim, justificar seu voto em José Serra, lá vai: O Serra prometeu, se eleito, que o Bolsa Família não só continuará, mas terá o 13º salário.
Sua critica constante ao programa do governo muda e se torna um dos novos discursos do candidato. Reta final de campanha tem cada coisa...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Obrigatório ou não? Eis a questão.

As eleições começam e trazem com elas velhas discussões e assuntos. O último que li, e que achei conveniente escrever sobre, foi sobre a obrigatoriedade ou não do voto.
Os que se mostram partidários do voto facultativo apresentam como justificativa o direito de escolha de cada um. Todas as pessoas são livres para suas escolhas. Eles dizem que é direito escolher por não votar.
Vantagem: é preservado o direito de escolha, vota quem quer.
Desvantagem: você favorece a escolha das pessoas interessadas a votar, que nem sempre atenderá as vontades da maioria. Ou seja, corremos o risco de eleger pessoas que atendam a vontade exclusiva de uma minoria interessada em votar, fortalecendo assim partidos e candidatos de uma minoria.
Os que defendem a obrigatoriedade do voto dizem que, ao menos uma vez a cada dois anos, as pessoas têm que se interessar pelo destino do país. Dizem que a obrigação do voto é uma garantia mínima de participação popular na política brasileira.
Vantagem: você garante que todos os eleitos sejam pela vontade da maioria, não será priorizada a vontade da uma minoria “politizada”. Além de instigar as pessoas a conhecerem melhor os candidatos.
Desvantagem: Você tira o direito de escolha de votar ou não. Você torna algo de “direito” em “dever”.
Talvez essa obrigatoriedade seja, a longo prazo, positiva, pois tenta aproximar a política da vida das pessoas. Pelo contrario, se o voto fosse facultativo, evitaríamos o voto por “deboche”, candidatos como Tiririca, Mulher sei lá o que, e mais esse monte de bizarrices, não existiriam.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Plebiscito Nacional.

Há dois tipos distintos de eleitores, e consequentemente, de votos.
Variamos entre o voto objetivo e o subjetivo. O primeiro diz respeito às necessidades físicas, concretas de cada um, como alimentação, escola, trabalho. O segundo está relacionado a ideologia, a pretensões político-ideológicas.
O Brasil passa por um bom momento, onde parcela desses desejos objetivos estão se transformando em realidade, mas ainda é sobre ele que as pessoas votam, mesmo com melhorias e avanços há muito o que fazer.
Essa eleição pode ser encarada como uma “eleição plebiscitária”, pois como já foi dito aqui, não escolheremos aquele ou aquela candidata, mas sim a continuidade ou não do modo de fazer política e manter os avanços. Isso não se dará só no âmbito federal, nos estados também será assim.
O voto será nosso “de acordo” ou não das políticas vigentes.
Hoje existem dois lados fortes na política nacional e é indiferente o candidato, o nosso voto se dará pela forma com que é feita a política no Brasil.
Chegou a hora de deixar de lado os candidatos e suas propostas e passar a analisar seus governos, o modo como fizeram político servirá de parâmetro para nossas escolhas.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Nós escolhemos.

O Candidato Plínio de Arruda Sampaio deu uma palestra a estudantes no Teatro de Arena, da UFRJ nessa semana. No decorrer dessa palestra o candidato soltou algumas reflexões que me deixaram preocupado.
Ele falou sobre o futuro do Brasil caso ele ganhe as eleições, dentre suas citações o candidato disse "Vão faltar bens de consumo. Não será possível trocar de celular. O Brasil sofrerá bloqueio comercial." Surgirá "tensão social", conflito armado e o povo precisará "sair às ruas".
Disse que os estudantes terão que se contentar com tecnologia ultrapassada, se ele for presidente. E falou que aqueles que não forem capazes de abrir mão do último lançamento de celular "não deve votar em nós” que se eleito terão que ficar com “a porcaria do passado"
Procurado pela Folha de São Paulo Plínio falou "É possível que eu perca muito voto, mas não estou preocupado como voto mesmo. Eu não mudei nada. O que eu disse quando eu tinha 20 anos de idade, estou dizendo hoje"
Acho importante e digno de respeito aqueles que mantém suas convicções e ideologias. E como já disse nesse blog, concordo com muita coisa dita pelo candidato. Só não concordo com essa “tensão social” dita pelo Plínio. Acredito em outras formas de governo com os mesmos fins, mas sem esses radicalismos. Claro que tudo isso é uma questão de gosto e ideologia, mas realmente é um bom assunto para pensarmos.
Como queremos crescer? Qual o melhor jeito de atingir nossos objetivos? Será que realmente é preciso todo esse radicalismo para que nos tornemos um país mais justo e igualitário?
Todos os candidatos têm praticamente as mesmas propostas, cabe a nós escolher o jeito que farão acontecer.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

E vamos à campanha.

Pois é, a campanha começou.
Acho que não preciso falar em quem votarei. Isso já está escrito em diversos textos.
Não sei quem viu os programas eleitorais, mas quem viu tenho certeza que teve a mesma percepção que eu. No comercial do Serra teve duas coisas que me chamaram atenção e confesso que tiraram algumas risadas: primeiro, ele se intitulou “ZÉ”!! Como assim? Por que o José Serra se tornou “Zé” do dia pra noite? Marcado por sua postura elitista ele vem com esse papo de “Zé”? Não dá. E como se não bastasse o Alckmin virou: “Geraldo”... acho que é um pouco tarde pra começar a tomar posturas populares.
O segundo ponto que me chamou a atenção foi a PRIMEIRA frase na música do Serra: “Quando Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá...” o nome do presidente mais popular da história desse país aparece primeiro que o do candidato da oposição! Será que o Serra também está querendo se promover com a imagem do Presidente?
Comentários a parte, vamos à campanha. Que vença o melhor para o povo brasileiro.
Só pra quem não assistiu, segue o filme da Dilma. Pra quem não gosta, eu peço 10 min, compensa assistir. Além do filme estar muito bom,ele conta algumas mudanças desses últimos anos.
Deixando o partidarismo de lado, é muito bom saber de todas essas conquistas do povo brasileiro.
Assista Aqui

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Primeiro debate on-line do Brasil.

A internet realmente está proporcionando grandes mudanças.
Gostei muito da notícia que li na Folha de São Paulo sobre o debate on-line promovido por ela e pelo UOL. Segue a matéria na íntegra:

Transmissão ao vivo do debate foi acessada mais de 1,4 milhão de vezes
Nos dias em que houve os primeiros debates on-line da história do Brasil entre candidatos a presidente e a governador, promovidos pela Folha e pelo UOL, a audiência do UOL Notícias e da Folha.com foi 350% maior do que a média e chegou à casa dos 30 milhões de acessos.
Considerando apenas o UOL Notícias, a audiência superou em 50% o recorde anterior, da cobertura do julgamento do casal Nardoni.
Ontem, durante o debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), o vídeo da transmissão ao vivo foi acessado mais de 1,4 milhão de vezes.
O confronto entre os candidatos à Presidência também teve ampla repercussão em outros sites, além de blogs e redes sociais.
Mais de 80 sites diferentes fizeram a transmissão simultânea do vídeo do debate de norte a sul do Brasil.
Os servidores do UOL registraram acesso de 127 países diferentes. Fora o Brasil, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e Portugal deram as maiores audiências ao debate.
No Twitter, o debate Folha/UOL chegou a liderar a lista de assuntos mais comentados no mundo inteiro e, durante todo o evento, esteve entre os quatro temas mais citados na rede social.
Os candidatos também foram beneficiados pela repercussão do debate.
O volume de citações dos presidenciáveis no microblog aumentou consideravelmente durante o confronto, cujo vídeo foi visto por 15.500 pessoas pelo Twitter.
Segundo a empresa E. Life, especializada em gestão do relacionamento em redes sociais, os três candidatos foram citados em 97.521 tuítes entre 8h e 14h. Cerca de 80% dessas menções ocorreram entre 10h30 e 13h30.
Ainda segundo a E. Life, em torno de 25% das menções aos candidatos estavam associadas diretamente ao marcador #debatefolhauol. Ao todo, Dilma liderou com 42 mil tuítes, Serra teve 28 mil, e Marina, 24 mil.
No Facebook, a transmissão do debate recebeu cerca de 4.100 comentários.
O debate Folha/UOL também foi acompanhado por outras mídias. Pessoas com iPhone ou iPad acessaram o vídeo ao vivo 7.842 vezes.
O link para a matéria:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/785298-transmissao-ao-vivo-do-debate-foi-acessada-mais-de-14-milhao-de-vezes.shtml

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mudança? Será necessário mais que isso para mudar.

Que o Brasil está crescendo é evidente, vemos a cada dia a geração de novos empregos, teve aumento no credito possibilitando o surgimento de uma classe C emergente, nunca se vendeu tanto carro, enfim, estamos crescendo.
Porém, isso não quer dizer que esse crescimento é proporcional e justo. O Brasil detém o “título” de terceiro pior índice de desigualdade do mundo, conforme divulgado no relatório da ONU, o Pnud.
Uma das causas principais da assustadora disparidade é a educação. A cada 100 brasileiros apenas 9 possuem diploma. Claro que só o aumento na qualidade da educação e o seu maior acesso não são suficientes para mudar a realidade, outras causas que contribuem para a disparidade e devem ser resolvidas é a saúde, saneamento e transporte.
É fato que a renda dos pobres no Brasil cresceu 72%, entre 2001 e 2008, enquanto dos ricos cresceu 10%. Porém, metade da renda nacional ainda está nas mãos dos 10% mais ricos do país.
Não podemos deixar de lembrar os dados do Governo Lula, que tirou 21,8 milhões de brasileiros da miséria, e graças a sua política, estimasse que até 2016 a miséria seja erradicada no Brasil.
Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam transferência de renda. Em 2008 eram 58,3%. E erram as pessoas que dizem que o governo brasileiro sustenta “vagabundos” ou coisa que o valha, a distribuição de renda é dever de todo governo.
Acima da importância da distribuição de renda está o apoio do governo ao trabalhador, não basta dar o peixe, tem que ensinar a pescar.
Se isso não mudar vamos entrar num ciclo vicioso, se é que não estamos, onde haverá uma estagnação social e não diminuiremos essa desigualdade.
Geração de empregos, qualificação de mão de obra, melhores escolas e maior acesso para a população, melhorias na saúde e saneamento. É tratando o trabalhador com respeito e qualidade que conseguiremos diminuir essa disparidade. Já começamos essa mudança com o Bolsa Família, o ProUni, a geração de novos empregos, a criação de novas universidades (a maior entre todos os governos brasileiros) agora resta aos próximos governantes amadurecer esses projetos, e ao povo escolher bem seus representantes e cobrá-los, pois tudo isso quem paga somos nós.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Novos tempos.

Em uma conversa com um amigo surgiu o assunto sobre “politização dos brasileiros”. Hoje não se vê como antigamente grupos que discutem política pública, ou organizações com a mesma frequência de anos anteriores.
As pessoas não estão mais tão interessadas em política, elas olham como uma profissão independente, algo que não faz parte da sua realidade. E por que chegamos nesse ponto? Antigamente existiam diversos grupos de discussão, quase todos os bairros ou regiões tinham o seu, as pessoas brigavam pelo o que acreditavam, por seus ideais.
Não tenho uma resposta formulada e creio que não exista uma verdade absoluta. Podemos considerar que as novas tecnologias contribuem para esse afastamento. As pessoas se tornam cada vez mais individualistas, fechadas no seu mundo, as ferramentas que surgiram como mais uma forma de discutir ideias se tornaram as únicas. Hoje as pessoas protestam pelo twitter, e ai? Onde isso chegará? Existem diversas comunidades em redes sociais como orkut que discutem política, expõe problemas, e algumas até saem na rua, ou vão para as prefeituras lutar pelos seus direitos, mas muitas delas, acredito que a maioria, não sai da web. E é esse “conforto” e falso pensamento de que estão contribuindo para um Brasil melhor dando RT em protestos no twitter, que afastam cada vez mais as pessoas da política.
Outro ponto a ser destacado, e foi esse o discutido nessa conversa que tive, é o estado de “paz” e liberdade que estamos vivendo. O Brasil saiu de uma ditadura a poucos anos, 25. Os jovens de hoje são filhos dos jovens que lutaram contra esse regime, e tanto pais como filhos sabem das conseqüências que a ditadura causava e causa. Passamos mais de 20 anos governados por ditadores que puniam dos modos mais perversos os opositores do Regime Militar, que torturavam com total apoio dos órgãos governamentais. E mesmo assim muitos saiam de suas casas para lutar por um País melhor, muitos morriam pela pátria e pelo sonho. Com o fim da ditadura o estado de alivio, de alegria, se tornou tão forte que os direitos adquiridos e reconquistados nos acomodaram, como se aqueles problemas fossem os únicos, e com esses resolvidos não tinha mais uma causa nobre para a luta.
Talvez por aproveitar essa democracia conquistada é que não vemos mais a necessidade de discutir, reivindicar, talvez pelo cansaço de mais de 20 anos de luta contra o regime ditatorial é que hoje nos acomodamos.O que não deveria acontecer.
Esse estado de calmaria é prejudicial. É nessa hora que as portas se abrem para os corruptos agirem. Deveríamos estar em constante inquietação, sempre atentos para o que fazem ou deixam de fazer. Estamos longe de ser um país justo e sem problemas. Debater, discutir, participar de reuniões, analisar os candidatos e cobrá-los pelo que prometeram é essencial para a formação de um país mais justo e igualitário.
Lutaram por nossa democracia, lutaram por nosso direito ao voto, nada mais justo que valorizarmos essas lutas e exercer nosso papel dentro da sociedade.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

“Lutar pela politização da vida é lutar por outra comunicação.”

Li essa semana um excelente texto que saiu no site da revista “Caros Amigos”. No texto o professor João Sicsú comenta sobre a despolitização do debate eleitoral e do papel da mídia nesse processo.
Dentre alguns exemplos ele cita o termo “pós-Lula”. Quando pensamos no período PÓS Lula esquecemos de avaliar o governo PRÉ Lula, e consequentemente se esquece de comparar o governo de FHC, onde Serra era ministro, com o governo Lula, onde Dilma foi ministra. Ou seja, o termo pós-Lula limita a escolha de um melhor gerente para administrar o país. E essa nivelação por baixo se dá pois o marketing tucano sabe que a comparação favorece Lula e sua candidata.
Esse é só um termo usado pela mídia, que já muda todo um processo de interpretação. Na matéria em questão mais termos são abordados, só citei esse como exemplo pois achei interessante a responsabilidade atribuída a palavra “pós e pré” podendo condicionar um pensamento.
Agora, é repugnante ouvir a mídia dar notícias falando sobre a desilusão dos jovens com a política como se ela não tivesse papel fundamental nessa história. Alguém espera uma conscientização política depois de seis horas de novela por dia, carregadas de individualismo e violência?
Os próprios currículos das faculdades estão se tornando cada vez mais técnicos e menos reflexivos, graças a pressão das empresas de comunicação.

“Lutar pela politização da vida é lutar por uma outra comunicação.”


A matéria completa:
http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=materia&id=233

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A realidade adverte: autoritarismo demais prejudica a população.

Eu defendo algumas posturas mais radicais dentro da sociedade e da política. Acho que os radicais servem como contrapeso em atitudes conservadoras que visam exclusivamente o bem estar da minoria. Mas acho que essa postura deve ser cuidadosa.
Acho que caminhamos graças a dialética estabelecida entre forças opostas, que constroem uma realidade balanceada entre radicais e conservadores.
Porém, algumas atitudes na Venezuela me preocuparam. O radicalismo exacerbado do Presidente Hugo Cháves muitas vezes passa por cima da vontade da população. Comum em regimes ditatoriais.
Ontem, o presidente ameaçou acabar com o fornecimento de petróleo venezuelano para os EUA caso a Colômbia ataque a Venezuela. Isso se deu graças a tensão entre os dois países (Colômbia e Venezuela) depois das acusações de que Caracas abriga guerrilheiros da Farc.
O estopim, pra mim, da ameaça foi a fala do presidente: "Se houver qualquer agressão armada contra a Venezuela, vinda do território colombiano ou de qualquer outro lugar, causado pelo império ianque, suspenderemos os carregamentos de petróleo aos EUA, mesmo que tenhamos de comer pedra aqui”.
Quando ele diz: “mesmo que tenhamos de comer pedra aqui” é ELE quem está falando, por acaso ele sabe se é essa a vontade da população?
Sei que governar é fazer escolhas, e muito além disso, é representar a população, a vontade do povo, porém, essas escolhas radicais não devem ser tomadas sem um consentimento comum. Ele pode estar condenando a Venezuela, e consequentemente o povo Venezuelano, a uma crise. Afinal de contas, 65% do petróleo Venezuelano vão para os EUA.
Alguns analistas dizem que toda essa disputa com a Colômbia é só para desviar a atenção da população para os problemas que o país vem enfrentando a dois meses das eleições legislativas, consideradas cruciais para seu projeto bolivariano.
Mas tenho que admitir, embora não concorde com alguns meios utilizados por Cháves, que seu projeto é de extrema importância para o fortalecimento da América Latina. Os latinos americanos devem se unir e aplicar políticas que fortaleçam esse movimento. Como acontece no atual governo brasileiro.
A aproximação dos países Latinos, o fortalecimento de suas economias, um maior investimento em infra-estrutura e implantação de programas sociais que visam uma melhor condição para o povo são alguns dos exemplos de política que devem ser mantidas ou implantadas para que aconteça esse fortalecimento.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Nossa vida.

Algumas coisas nos mostram o quão inútil são alguns de nossos pensamentos. Reclamamos de qualquer coisa, nos maldizemos, perdemos precisos minutos nos preocupando com a vida dos outros e falando mal da nossa.
Num desses dias, na volta de São Paulo para Mauá (quase uma viagem), por volta das 23:00 horas uma cena me fez pensar na beleza que temos e muitas vezes não usamos.
Um homem entrou no trem e entregou um cartão com alguns dizeres, algo que falava de Deus, e enquanto entregava pedia uma ajuda para os passageiros. Por sua voz se percebia que o rapaz, de aproximadamente 30 anos, tinha algumas dificuldades.
No meio de seu trajeto entregando seus cartões, justo quando estava do meu lado, uma menina de uns 5 ou 6 anos foi devolver o cartão, o rapaz parou e olhou durante alguns segundos aquela menininha e com toda sua dificuldade na fala disse para ela ficar com o cartão. A menina sorriu e voltou para perto da sua mãe, toda feliz com seu presente.
O jovem presenteou a menina com o único meio que tinha de ganhar seu dinheiro, era vendendo aqueles cartões que ele conseguia suas moedas, e nem por isso deixou de dar para a criança.
E muitas vezes somos incapazes de sorrir para alguém, que não custa nada.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Futebol; paixão nacional, herói e vilão.

Todo espírito nacionalista se desmancha quando o juiz apita o fim de jogo. O Brasil está fora, e junto com ele leva a paixão dos Brasileiros. E temos tantos outros eventos que precisariam desse nacionalismo...
Não sei por que esse espírito se perdeu, talvez seja mais um fruto do capitalismo selvagem que nos rodeia e nos torna cada vez mais individualistas. Esquecemos das causas maiores que nos unem, exceto o futebol, é claro.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Veja mais uma vez.


Sei que será redundante, que já falei isso diversas vezes, mas a cada capa da Veja, mais minhas convicções aumentam. Não é possível. Quando penso que atingiram o auge, o ponto extremo da imparcialidade camuflada, eles se superam.
A última capa da Veja “ O monstro do radicalismo, a fera petista que Lula domou agora desafia a candidata Dilma” foi a prova maior do nível de uma das revistas de maior circulação no Brasil. Foi dada a largada para a Campanha eleitoral. E depois disso, já sabemos o nível da campanha...
Primeiro: não vejo problema algum em uma revista assumir um lado e se dizer mais favorável ao candidato A ou B, como foi o caso da Carta Capital, comentado aqui. A diferença é, A Carta Capital assumiu sua posição e deixou claro “nós apoiamos o candidato tal” e nem por isso condenam o adversário a qualquer custo, e nem deixam de falar dos erros que o candidato que estão apoiando comete.
Segundo: Quando a revista não assume um lado, automaticamente ela deve buscar sempre a imparcialidade, que significa não julgar ninguém de acordo com sua ótica, mas sim contar os fatos como são. Só que a Veja, com toda sua experiência, não sabe disso. Ela usa de seu tamanho e abrangência nacional para impor sua opinião como verdade absoluta, e não se preocupa em fazer isso com os dois lados, ou reconhecer quando alguma coisa dá certo. È uma perseguição clara e de baixo nível.
Quando a Carta Capital declarou seu apoio a Dilma ela não se preocupou em colocar um tucano assassino na capa comendo professores do lado de diversos pedágios roubando nosso dinheiro, seguidos de um titulo assustador que farão você ter medo de qualquer tucano que ver a partir daquele momento. Ela simplesmente colocou a foto de Dilma com a frase “A mão de Lula, O plebiscito vai se confirmando e o presidente transfere votos acima do que muitos imaginavam. Leia: Por que apoiamos Dilma.”
Acharam nessa frase a “terrível ameaça tucana que está por vir”? Ou alguma acusação do Serra, “o perseguidor de professores”? É essa a diferença.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Democracia.

Há algumas semanas a revista Veja perguntou ao candidato à presidência da republica José Serra, se era “positivo” para “a democracia brasileira” experimentar “uma alternância de poder depois de oito anos de governo Lula”.
Primeiro, não faz sentido uma pergunta dessa ser feita para um candidato interessado nessa alternância. Alguém imaginou que o Serra diria que era melhor para o Brasil a continuidade do governo, ou alguma outra resposta a não ser o “sim, eu acho importante a alternância de poder”?
Vindo de quem veio, a pergunta, nada tendenciosa, era previsível.
A quem acredite que a alternância de poder é importante, pois ressalta outros pontos de vista, a discussão de novas agendas e novas idéias. O que pode ser verdade, mas isso não deve ser encarado como uma condição à democracia.
A democracia não está e nunca esteve atrelada a ideia de alternância de poder, pouco importa para a democracia a escolha a ser feita. Pouco importa querer mudar ou continuar. O que torna uma sociedade democrática é a existência de instituições que assegurem a liberdade real de escolha de cada cidadão.
Se a maioria escolher Dilma, é bom que os defensores da alternância se acostumem, pois isso é democracia, é a vontade da maioria. Até porque, se não fosse assim, era só estipular um período e trocar os governos. De volta ao “café com leite”.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Carta Capital.

É comum, e já foi comentado nesse blog, meios de comunicação darem sua opinião de forma “escondida”, nunca assumem de que lado estão, pelo contrário, dizem que não têm partido ou posicionamento, o que sabemos que não é bem assim.
Porém, nessa semana, a revista Carta Capital decidiu quebrar com esse padrão e assumir um lado, a revista declarou seu apoio a candidata Dilma. Na minha opinião uma atitude digna de aplausos, pois vai contra a manipulação feita por outras instituições, que não declaram seus ideais, mas tentam impor para seus espectadores de forma camuflada.
A Carta Capital não deixou de apontar os erros do governo Lula e nem deixará de apontar os de Dilma, caso eleita, mas avalia a candidata como a melhor e sabe que é a única que dará continuidade ao governo Lula, que segundo a revista é avaliado de forma positiva.

A matéria em questão pode ser lida em: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=7214

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O voto por impulso.

Nossa legislação é bem clara quando estabelece regras referentes à campanha eleitoral, como a regra que diz que nenhum partido pode ter candidato antes das convenções (que só são autorizadas após 10 de junho) e ninguém é livre para dizer que é, qualquer atitude contrária a isso será punida.
Porém, essas regras não são respeitadas de fato. E isso é bom. Pense que se não fosse assim você teria apenas 90 dias para decidir quem iria governar seu país durante 4 anos. Ou seja, antecipar a propaganda é dar mais tempo para o eleitor avaliar os candidatos e decidir em quem votará.
Esse período “ilegal” das campanhas acaba dia 5 de julho, que é quando alguns meios de comunicação são liberados: carros de som, alto-falantes na porta de comitês, comícios, outdoors. Agora sim, dia 17 de agosto está tudo liberado, o rádio e a televisão ficam a disposição dos candidatos. Só que agora, os candidatos só terão um mês e meio para apresentar suas propostas, Dilma e Serra terão 17 oportunidades de se apresentar em 7 a 10 minutos de programa eleitoral.
Os programas eleitorais deixam de ser meios de difusão de uma ideologia partidária e passam a ser publicidade, o que acontece é a venda de um produto. Não existe tempo para uma discussão ideológica, sobre o programa de governo, algo mais explicado e detalhado. O único tempo dado é preenchido com propostas e promessas, não existe uma real apresentação da doutrina partidária, como deveria ser.
É quase que impossível um voto consciente dentro desse modelo de campanha. O voto obrigatório e o pouco tempo de campanha forçam a população a votar por impulso, sem uma análise própria, força o cidadão a seguir o voto do amigo ou parente, e no final a “votar porque tem que votar”, não é por acaso que o voto está desvalorizado, esse direito que tanto demorou a ser conquistado se tornou um programa chato de domingo.


Baseado no texto “Os três tempos da campanha “ de Marcos Coimbra, publicado na revista “Carta Capital”

terça-feira, 29 de junho de 2010

Amigos, amigos; política a parte

Durante muito tempo, principalmente durante as crises como a ditadura e as greves gerais, os governos foram cobrados por grupos que exigiam melhores condições e reconhecimento dos trabalhadores, estudantes, retirantes, sem terra e tantos outros. Grupos como a CUT e a UNE tiveram grande participação na vida política brasileira e conquistaram, graças a sua resistência, diversos direitos.
Com essa nova fase que o Brasil está passando, mais precisamente pós-governo Lula, tais grupos aderiram ao governo e decidiram caminhar juntos para um Brasil mais justo.
Acho válida a ideia que esses grupos têm de se unir a um governo que deu liberdade e que surgiu das mesmas bases, acho que a atitude de caminhar juntos dentro de uma política de governo ajuda nas conquistas de alguns direitos.
Porém, temos que convir que essa aproximação muitas vezes prejudica o movimento. Grupos como a Cut e a Une mudaram seu tipo de ação e passaram a caminhar conforme a vontade do governo. Isso acontece pois eles acreditam que o governo esteja fazendo um bom trabalho. Mas a questão é que esses grupos serviam como termômetro.
Por outro lado, outros grupos simplesmente criticam. Não importa a atitude ou iniciativa, nunca está bom. O governo pode tentar, pode fazer, mas nunca será o suficiente. Esse tipo de pensamento, até certo ponto, é positivo, pois não deixa com que os governantes se acomodem, por outro lado acredito que não seja esse o jeito mais eficiente de construirmos um país melhor.
Um bom exemplo do que estou falando é o MST. Eles não se importam em elogiar o governo e declarar uma parceria, mas não deixam de criticar quando devem criticar.É esse tipo de atitude que esperamos de um grupo organizado como esses que citei. Não se pode abaixar a cabeça só porque é amigo e deixar passar diversas atitudes que vão contra seus valore ou lutas.
Sou a favor de um crescimento junto com o governo, acho que é o melhor jeito de atingir nossos objetivos dentro do contexto atual. Acredito também que o governo vem realizando um bom trabalho e graças a isso esses grupos acabam se “aliando”, mas acho que o papel de termômetro, que aplaude quando está certo e critica quando errado não pode ser perdido.
Quando só se critica, com o tempo, a critica perde seu valor, não se leva mais em consideração. Agora, quando você reconhece algo positivo, mas não deixa de falar quando não concorda, sua critica ganha mais destaque.
Precisamos reconhecer quando as coisas estão dando certo e não podemos passar por cima das erradas, só assim acredito que vamos caminhar para um Brasil mais justo e de todos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A luta não pode parar.

Com menos de cem anos a classe operária brasileira é jovem, porém já conta com grandes conquistas como a jornada de oito horas, o salário mínimo, a liberdade sindical, as férias e vários outros direitos, incorporados pela Constituinte Federal de 1988 em seu texto. Dos anos trinta aos oitenta o avanço da classe operária caminhou junto com o desenvolvimento da indústria e do sentimento de nacionalidade.

Hoje, essa luta por direitos e avanço do proletariado vem perdendo forças em meio ao neoliberalismo, que fortalece cada vez mais uma minoria dominante.

Para a unificação operária é necessário uma bandeira de luta que traga uma vitória significativa para os trabalhadores, uma bandeira que faça sua luta valer à pena, que passe por cima de medos e comodismos, que os operários lutem como lutaram os “communards” da Comuna de Paris e em tantas outras lutas que o mundo já presenciou. E nesse contexto a grande bandeira é a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial.

Reduzir a jornada, sem diminuir o salário e aumentar o número de empregados, não são os únicos objetivos dessa bandeira, mas a libertação do operário da fabrica, é fazer com que o trabalhador viva pra ele e para sua família. Não é uma luta por mais dinheiro ou menos trabalho, é uma luta por avanço, pela volta da força operária.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Música hoje.

A quem diga que não se faz mais música como antigamente, que a qualidade está caindo, que não temos mais grandes nomes dentro da musica. Pois eu discordo.
Acredito que estamos em outro tempo, com novas tendências, novos pensamentos, um novo contexto.
Não vou entrar no mérito de musicas eruditas, de grandes compositores clássicos, não conheço o suficiente. A análise se resumirá entre a década de 60 e os dias atuais.
Cantores como Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Geraldo Vandré, Caetano Veloso, ocupavam as estações e festivais nos anos de chumbo do Brasil. Suas letras audaciosas e literárias faziam sucesso entre os brasileiros. Grandes movimentos surgiram, como a tropicália. O Brasil ficava entre protestos e repressão. E por que não temos mais grandes compositores como tínhamos antigamente?
E quem disse que não temos?
O meio que os artistas tinham antigamente eram o rádio e a TV, através dos famosos festivais da record e os LP’s. Ou seja, não tinha outro jeito de ter acesso a música senão por esses meios. Se alguém em Roraima (só citei esse exemplo pela distancia de SP) quisesse expor suas músicas e não tinha condições de gravar um LP ou participar de um festival, corria o risco de morrer sem que ninguém ouvisse suas musicas. Quantas pessoas não se tornaram grandes sucessos só pela falta de divulgação.
O pólo musical do Brasil se resumia em São Paulo e Rio de Janeiro, se alguém quisesse expor suas músicas tinha que aparecer por aqui.
E o que isso interfere na qualidade das músicas ou na falta bons compositores como tínhamos antigamente?
A visão de falta de qualidade dos compositores se confunde graças a grande diversificação de músicas que hoje existe. O cenário musical não está escasso de boas composições ou cantores, ele está diversificado.
A informação chega muito mais fácil para os espectadores. Aquele mesmo cantor de Roraima que não conseguiu expor sua musica, hoje consegue através de ferramentas como youtube e outras plataformas, mostrar suas musicas para o mundo todo. Quantas vezes não ouvimos pessoas cantarem músicas que nunca ouvimos, ou aparecer em algum programa de TV um cantor ou banda que nunca pensamos que existisse e escutar todos cantando as músicas? É esse o grande papel da internet. Uma musica feita em casa sem nenhum equipamento profissional, gravada em filmadora caseira, pode se tornar o grande hit do ano em poucos dias.
Se antigamente as pessoas se dividiam entre MPB e jovem guarda, hoje a pluralidade de escolha é muito maior. Os grandes compositores e músicos existem, mais seu talentos se misturam com os milhares “compositoresdeumamúsicasó” que alternam sucessos de tempos e tempos.
Se antes a distancia dificultava a entrada no mercado, hoje é a facilidade de entrar nele que dificulta o destaque.
Quando que o “rebolation” (acho que é assim que escreve, não tive paciência de procurar na internet) faria sucesso há 30 anos atrás? Nunca. E a razão para seu sucesso hoje é a internet. Não precisou tocar nas rádios, ou disputar algum festival para que todos soubessem a música. Bandas como “Teatro Mágico”, que hoje arrastam muitos fãs para shows, começaram na internet, não apareceram nos rádios ou na TV.
E para os que ainda acham que a música está em decadência, ou que não existem mais musicas boas, embora isso seja muito subjetivo, musica boa para mim pode ser diferente pra você, mas pra quem ainda acha, segue uma lista com alguns cantores e bandas que merecem ser escutados:
Céu, Maria Rita, Seu Jorge, Pedro Mariano, Jair Oliveira, Luciana Melo, Ana Carolina, Léo Maia, Luiza Possi, Zeca Baleiro, Jorge Vercilo, Maria Gadu, Paulinho Moska, e outros tantos que não lembro o nome ou não conheço.
A música está mais viva do que nunca!!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Uma TV de todos. É... acho que não.

A televisão é o meio mais popular dentre os brasileiros, mesmo com o advento da internet, e as mídias mais tradicionais: radio, revistas e jornais, a televisão permanece no seu posto de mais popular.
Não é de hoje que ouvimos grandes pensadores e formadores de opinião criticarem a programação da TV aberta, mas a maioria desses teóricos não levam em consideração que, quando surgiu a TV ela veio como forma de entretenimento, e não como uma grande formadora de opinião de massa, ou preocupada com uma difusão cultural e intelectual. O papel da Tv é entreter.
Mas vamos a um segundo ponto. Dado a grande visibilidade da TV e sua força frente aos telespectadores, até que ponto ela deve servir pura e simplesmente como fonte de entretenimento? E quando ela sai desse patamar, com os jornais e noticiários, qual a preocupação dela com as noticias, até que ponto ela é imparcial, se é que tentou ser algum dia?
Não podemos isentar a Tv da responsabilidade que ELA assumiu, embora na sua formação não era esse o objetivo. A televisão não se contenta em passar apenas diversão, ela que passar noticias, dar opiniões. Até que ponto o “show da vida” contribui para uma formação intelectual dos milhares de brasileiros que assistem?
Acredito e defendo a ideia de que todos deveriam ter algum ideal político ideológico, acho necessário para nossa formação e do país em que vivemos, mas a TV usa de seu poder para influenciar milhares de brasileiros a acreditarem no que ela quer que acreditem. Sei que os “grandes” da TV tem suas ideologias e convicções, mas não acho correto e ético utilizar da popularidade da TV para divulgar esse ideal e convencer seus telespectadores. Sou a favor de uma TV democrática e ética, com o compromisso da verdade, que se preocupe com os fatos, que se preocupe em mostrar os dois lados da ideia, promova debates sérios, justos.
Nada disso seria necessário se a Televisão permanecesse no seu ideal de entreter, mas ela quis mais, agora deve arcar com suas responsabilidades.
Não só a Tv, mas os outros meios de comunicação, radio, revistas e jornais por exemplo, formam uma industria cultural que empurram seus valores para a população.
Eles ditam como as coisas devem ser, como devemos pensar, o que é certo e errado. São estruturas pré-montadas que atendem à uma elite. Os formatos da programação e edição no mudam, são os mesmos. Quanto aos conteúdo, esses são vulneráveis dentro de um ideal comum, mas sempre de acordo com um elite controladora.
Agora, até que ponto a programação se adequa ao seu publico e até que ponto a TV dita seus valores? Qual a relação entre ideal para o publico e ideal para o meio?
É claro que a TV usa de um gosto comum do publico, e não só a TV, mas os outros meios de comunicação, mas é através desse gosto comum que a programação é adequada para os valores das elites. Se constrói uma relação de dialética, a construção das programações são feitas para agradar ao público, até porque elas dependem da audiência, mas é dentro desse modelo que a TV mostra seus valores.
Existe uma nivelação por baixo, é feito algo para abranger um grande contingente, por isso são superficiais, seguem um mesmo modelo, e dentro desse modelo são embutidos os valores.
Até que ponto estamos sendo simplesmente entretidos pela TV? Até que ponto pensamos como os meios de comunicação querem?
Experimente comparar uma matéria sobre o mesmo assunto na revista Veja e na Carta capital. É nítida a diferença.
Ou seja, se uma mesma noticia pode ser passada de forma diferente é essas são passiveis de escolha, é o povo quem decide em quem deve acreditar ou o que ler. Ou seja, não é o publico que escolhe o que quer ver, formando assim sua opinião independente das mídias? Não. Mesmo com opiniões diferentes, são opiniões elitizadas, e suas escolhes se resumem dentro desse universo, são opiniões de uma minoria. Em um mesmo dia vários fatos acontecem, mas só são transmitidos alguns, já nesse filtro nós deixamos de saber de algumas coisas, além do modo que esses fatos são contados.
E como mudar essa estrutura?
A seleção de fatos é inevitável. É impossível contar todos os acontecimentos do Brasil e do mundo em poucas paginas ou em minutos. Mas é nesse filtro que estão as mudanças. Quando um jornal, ou novela e programas, saírem de seus moldes e decidirem passar outro tipo de conteúdo, talvez, tenhamos uma maior diversidade de escolha. E por que isso não acontece? Pois são estruturas de sucesso, dão audiência. E é isso que os grandes querem. É muito arriscado mudar só para tornar os meios de comunicação mais justos, só para dar uma nova opção para o povo. Mais uma vez, são os pensamentos das elites.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Alianças.

Tempos atrás tinha uma opinião política um pouco diferente da que tenho hoje. Era contra todo o tipo de aliança política, fora aquelas feitas por partidos com uma mesma ideologia (e mesmo assim não via muito sentido) agora algumas coisas começaram a mudar.

Quando se constrói um partido o objetivo é atingir o poder, ter controle da nação, para que assim se possa colocar em prática a política que se julga eficaz. Só que não é fácil atingir esse status sozinho, com tantos grandes disputando eleições e cargos não tem outro jeito de conseguir uma representatividade sem as alianças políticas, sem o apoio dos grandes empresários, banqueiros e afins. Mas isso não quer dizer que a ideologia, os princípios éticos devem mudar com essas alianças. Essas alianças são para dar força ao partido para que assim ele possa atingir uma representatividade, e ai poder colocar em pratica seus ideais, sua política.
Só não aceito as alianças em segundo turno.
Todas as acusações que eles fazem ficam presas no primeiro turno, e são esquecidas. Durante toda uma campanha é feito o convencimento de que não devemos acreditar no outro, que fala mentira, que não será um bom governante, ai, é só ir para o segundo turno para mudar. Esse tipo de aliança não. E o pior é que sempre que ganham, “presenteiam” seus inimigos mortais de primeiro turno com altos cargos.

Aliança, tudo bem, contanto que seja para a formação de um plano político sólido. Que os partidos entrem juntos para a disputa, que partilhem da mesma opinião, de que aquele ou o outro candidato seja melhor, lembrando, mesmo não compartilhando de uma mesma ideologia, mas sabem que, como não tem tanta força e representatividade, apóiam o que julgam ser melhor para o país, quem melhor governará

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Veja que previsível

Estamos em um momento pré-eleitoral, já temos os candidatos (os principais) e a mídia que começou o seu papel de transmitir as informações para a população.
É claro que não são todas as revistas e jornais que se comprometem com o jornalismo justo e ético, é o caso da Veja, que já começou seus “achismos” e a tirar conclusões, sempre falando em nome dos brasileiros, como se todos pensassem como ela.
A tentativa agora é a mesma que antecedeu a primeira eleição de Lula, como candidato a presidente da república , estão tentando empurrar à população a ideia da tomada de poder por marxistas radicais, temem que Dilma não consiga manter estável a volátil química petista, entre os radicais e a maioria convertida à democracia social, coisa que Lula, aprovado por oito em cada dez brasileiros, conseguiu.

Dos 3% das intenções de votos, Dilma se tornou uma forte concorrente com 25%, marca que a coloca em segundo lugar, logo atrás do governador de São Paulo, José Serra. Tudo isso em menos de um ano, e a revista Veja não gostou nada dessa notícia... Mais uma vez a mesma hitória...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Haiti

Agora a discussão é: “ os EUA querem ou não garantir o controle da segurança no país, já que enviaram hoje 4 mil soldados e enviarão mais 12 mil, superando em mais de 12 vezes as tropas brasileiras, até então a maior no País?”

O terremoto deixou 75 mil mortos, 250 mil feridos e um 1.000.000 de desabrigados. Nos seus balanços, o governo tem contabilizado os corpos que teriam sido enterrados, ou seja, esse número pode aumentar.

Temos coisas mais importantes que o controle norte-americano para discutir.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Coca-cola, seus dias acabaram...

Evo Morales decidiu encontrar uma nova função para a coca, planta que há 3 mil anos faz parte da identidade boliviana, um novo refrigerante: a Coca-Colla.
Com o novo refrigerante, Evo acerta duplamente, primeiro que ele vai dar uma rasteira na americana: Coca-Cola, considerada um simbolo do capitalismo, e segundo que ele dará uma mãozinha para os cocaleiros de Chapare, onde ele se tornou conhecido como líder sindical dos plantadores de folha de coca da região.
Segundo funcionários do governo, o novo refrigerante terá cor preta e um rótulo vermelho, uma provocação “sutil” a americana Coca-Cola.
Durante a guerra-fria ocorreu a corrida espacial e agora disputas entre refrigerantes... Daqui a pouco tudo isso será decidido no par ou ímpar.

Informação nova, pensamento antigo.

Segundo levantamento do instituto norte-americano Pew Research Center, os jornais são as mídias que mais produzem informação nova
De acordo com o estudo, os jornais de interesse geral responderam por 48% das reportagens com novas informações. Em terceiro lugar ficaram as emissoras de TV, que foram responsáveis por 28% do conteúdo inovador. O rádio veio a seguir, com 7%.
No total, os meios de comunicação chamados de tradicionais, liderados pelos jornais, foram a origem de 96% do material com informações novas, o que contraria algumas vertentes que dizem que são nas novas mídias (blogs, Twitter etc.) que isso acontece. Essas novas mídias serviram como forma de disseminar reportagens de outros veículos.
E mesmo com esse novo “status” de mídia com maior quantidade de informação nova, existe jornais que insistem em bloquear seu conteúdo on-line... A internet é um exemplo de partilha, de socialismo, todos podem participar, comentar, postar, expressar o que pensam, e é ridículo um jornal cortar sua matéria no meio e substituí-la pela mesquinha frase: “somente para assinantes”. Informação é um direito de todos. Não adianta bloquear, isso não trará mais assinantes aos jornais, os leitores simplesmente migraram de sites, até encontrarem um com o conteúdo aberto, e com a nova visibilidade desses sites os anunciantes vão, cada vez mais, anunciar seus serviços, o que traz mais dinheiro para os jornais....

Agora, só falta nossos governantes democratizarem a internet, que ela alcance os quatro cantos do Brasil, que todos tenham em suas casas e de graça esse DIREITO. Pois o que é de direito não deve ser cobrado.