quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Abóbora, só com carne seca.

Vamos parar com essa história de Halloween, abóbora só é bom com carne seca.

Temos uma cultura riquíssima, recheada de mitos e lendas, com personagens dos mais diversos, e está pra aparecer alguém que me convença a comemorar os mitos dos outros.
O Halloween não é nosso, não faz parte da nossa cultura! Valorizo toda manifestação cultural, de qualquer país, inclusive a minha.
Vamos esquecer o dia das bruxas, abóbora com olhos e vela dentro é coisa de norte americano. Vamos usar nossos mitos, nossas lendas, vamos exaltar nossa cultura!
No Halloween vamos acabar com essa dependência imperialista, vamos usar nossos personagens, vamos usar o SACI!
O Saci é um símbolo de resistência, tem relação com nossos antepassados, com a luta dos escravos contra seus senhores. Ele é um ser mágico, arteiro, brincalhão, guerreiro, no dia 31 de outubro vamos esquecer as Bruxas e substituir as fantasias pelo gorro vermelho do Saci.
Pra quem concordar com o fortalecimento da nossa cultura, pra quem acha que o dia 31 de outubro deve ser o dia do Saci, acesse AQUI e seja mais um que luta pela cultura nacional.
Outra atividade interessante como resistência da nossa cultura está no blog É o Saci urbano,
É um artista que luta para deixar sempre fresca a imagem do Saci no nosso dia a dia.

Viva nossa cultura! Viva o Saci!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Amanhã vai ser outro dia"

O dia crucial para a democracia brasileira está chegando, o dia que escolheremos a próxima pessoa a representar nosso país.

Algo interessante que está acontecendo nessas eleições é a grande participações de empresas, jornais, intelectuais e artistas. Todos dão seus palpites e indicam votos, todos lutam, dentro do possível, por seus ideais. Mesmo que essa luta, nem sempre, seja feita de maneira justa e tão democrática assim, fico feliz em saber que começamos a evoluir politicamente, que a política cada dia que passa se aproxima mais da vida das pessoas.
Dias atrás, alguns intelectuais e artistas, dentre eles o GRANDE compositor Chico Buarque de Holanda, fizeram o “MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS PRÓ DILMA” leia Aqui ou Aqui
Outro apoio importante foi o de aproximadamente 50 ambientalistas, que nessa semana assinaram uma carta de apoio à candidata Dilma, intitulada “Marineiros com Dilma", isso por que esses mesmos ambientalistas são do PV e no primeiro turno apoiaram a Candidata Marina.
E nessa semana apareceu um “suposto” texto do jornalista Pedro Bial, declarando seu apoio a candidata Dilma, e começou a circular na internet. Verdade ou não, o texto é muito bom (independente de quem tenha escrito). O texto segue abaixo pois compartilho de cada palavra e sou grato por todos aqueles que lutaram pra que hoje eu possa me expressar e votar em quem bem entendo. Segue o texto:

“O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que “um filho seu não foge à luta”. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964, quando os militares, teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos golpes militares da desgraçada história brasileira. Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, “colocaram o rabinho entre as pernas” e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram o status de exilado político durante longos 16 anos, em plena mordomia, inclusive com polpudos salários. Foi nas belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.
Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas, sofreram prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que, hoje, possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de imprensa. Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informa vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora.Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira, já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de 2010. Detesto fujões, detesto covardes!”

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Bem vindos! Voltamos à Idade Média.

A muito tempo atrás, pouco mais de 800 anos, quando as pessoas pensavam diferente, quando o número de informações era muito menor, quando a economia era outra e o acesso a informação era restrito, a igreja tomava conta de tudo. Participava diretamente de tudo, a igreja era o Estado. Era ela quem ditava as regras e quem se encarregava de punir aqueles que não as cumprissem.

Pois bem, 800 anos se passaram e tudo mudou: economia, cultura, valores. As pessoas agora têm acesso a informação e consequentemente desenvolveram uma capacidade maior de raciocínio.
Nessas eleições, não sei se por saudade, estamos voltando a Idade média, onde a igreja ditava as leis. Essas eleições serviram pra nos alertar desse “poder” que a igreja ainda exerce na sociedade e a vontade da mesma de ainda continuar no comando do Estado.
O caso da legalização ou não do aborto gerou uma revolta nas igrejas cristãs, padres, pastores e líderes ficaram inconformados com o assunto e saíram para a luta.
Até ai, tudo bem. Acho que a igreja deve levar a seus cultos e missas assuntos sociais e políticos, com o intuito de politizar seus sermões, de promover o debate.
O que está acontecendo nessas eleições é que alguns membros da igreja estão usando seus “poderes” em relação aos fiéis para impor uma ideologia política e não propondo um debate de idéias e propostas.
Mas isso não é o pior. A causa da minha indignação foi que a igreja “exigiu” o comprometimento dos candidatos, para que esses não legalizassem o aborto e o casamento entre homesexuais, por exemplo. Como que a igreja exige isso? Não é o papel dela! Não devemos ficar esperando a opinião de instituições conservadoras e hipócritas para decidir em quem votar. E como se não bastasse a mídia pegou carona nesse barco e resumiu toda uma campanha de propostas e ideologias partidárias num assunto pontual.
Devemos discutir o Brasil, os próximos passos desse país que não para de crescer, discutir propostas, algo que realmente importe para o crescimento social de nosso país.
Mais uma vez a igreja está ditando as regras, mais uma vez está sendo influenciadora. Aborto é questão de saúde pública, deve ser discutido por quem sabe, e não ser julgado por uma “suposta” moralidade das igrejas e seus fiéis.


Sei que muitos líderes religiosos e adeptos se preocupam com políticas públicas e não ficam batendo sempre na mesma tecla. Sei que muitos deles se mostram dispostos a fazer o debate e juntos ajudar num país melhor. Mas grande parte das instituições ainda preserva esse sentimento de dominação e de “dona da verdade”.


Um texto muito bom sobre o aborto, por Maria Rita Kehl Aqui

“A começar pelo óbvio: não se trata de ser a favor do aborto. Ninguém é. O aborto é sempre a última saída para uma gravidez indesejada. Não é política de controle de natalidade. Não é curtição de adolescentes irresponsáveis, embora algumas vezes possa resultar disso. É uma escolha dramática para a mulher que engravida e se vê sem condições, psíquicas ou materiais, de assumir a maternidade.”
“(...)Da classe média para cima, as moças pagam caro para abortar em clínicas particulares, sem que seu drama seja discutido pelo padre e o juiz nas páginas dos jornais.” Maria Rita Kehl

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Liberdade de expressão? Só para alguns.

Nesses últimos tempos esse tema se tornou comum nos jornais e revistas, algumas suposições de que o governo estaria “censurando” a imprensa tomaram as páginas de algumas revistas e jornais. Fizeram ressurgir um antigo medo de que o Estado, dependendo do novo presidente, censuraria os meios de comunicação.
Pois bem, já deu pra perceber, a muito tempo, que a mídia é totalmente parcial, e não só isso, mas ela exerce com todo sua força seu potencial de penetração na sociedade para disseminar sua ideologia.
Só uma coisa me deixa intrigado: esse assunto só é comum (e válido) para o atual governo federal, todos os grandes veículos (Estadão, Folha de São Paulo, Veja, Globo) só falam de um lado. Pra não acharem que estou falando besteira, alguém leu a matéria na Veja, ou viu na Globo alguma noticia falando sobre a demissão de Heródoto Barbeiro do “Roda Viva”? Pois é, existe uma “suposição” de que essa demissão seja fruto do descontentamento de José Serra sobre alguns questionamentos do jornalista. Como foi o caso da demissão do maestro Neschling, da OSESP, também atribuída a Serra. O candidato realmente tem essa fama de “pedir a cabeça” dos jornalistas que ele não gosta... acho que alguém precisa avisar isso pra Veja, daria uma boa matéria, ou dossiê, como eles gostam de fazer.
Outro caso interessante, foi a demissão da colunista Maria Rita Kehl do jornal Estado de São Paulo Leia aqui, é bom ficar sabendo.
Liberdade de expressão é um direito universal, e qualquer um que coloque barreiras para isso deve ser punido, o único detalhe é que devemos punir TODOS que fazem isso.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

E começa o Segundo turno.

Agora é a hora da verdade, dos esclarecimentos.

Nesse segundo turno a candidata do PT insistirá na comparação do governo de FHC e Lula. E concordo. Há interesse em continuar programas desenvolvidos pelos petistas ou um retorno às políticas de FHC? Será essa resposta que definirá o resultado do segundo turno.
Concordo com a posição da candidata Dilma, quando ela compara o Governo FHC com o de Lula, pois acredito que as discussões políticas se dão em cima de projetos para o Brasil, e não somente a assuntos pontuais, como muitas vezes eram discutidos nos debates.
Falar que faz, todos falam, boas intenções, todos têm, mas e o que já foi feito? Temos uma situação “favorável” para o eleitor, que terá no que se basear para a escolha do seu voto. Tanto Serra quanto Dilma, tiveram seus governos por 8 anos no Brasil. Resta escolher a melhor política.
Dentro dos próximos 10 dias saberemos qual posição a candidata do PV, Marina Silva, irá tomar. Além da escolha entre Dilma ou Serra o PV não descarta a neutralidade.
A candidata teve 20 milhões de votos e atingiu 19,3%. Um número significativo e valioso para os candidatos.
Além disso, resta saber como os eleitores de Marina irão agir nesse segundo turno. Nem sempre o apoio do partido é refletido nos votos da militância. Está muito cedo para grandes profecias e certezas, mas as movimentações já começaram.