sexta-feira, 20 de agosto de 2010

E vamos à campanha.

Pois é, a campanha começou.
Acho que não preciso falar em quem votarei. Isso já está escrito em diversos textos.
Não sei quem viu os programas eleitorais, mas quem viu tenho certeza que teve a mesma percepção que eu. No comercial do Serra teve duas coisas que me chamaram atenção e confesso que tiraram algumas risadas: primeiro, ele se intitulou “ZÉ”!! Como assim? Por que o José Serra se tornou “Zé” do dia pra noite? Marcado por sua postura elitista ele vem com esse papo de “Zé”? Não dá. E como se não bastasse o Alckmin virou: “Geraldo”... acho que é um pouco tarde pra começar a tomar posturas populares.
O segundo ponto que me chamou a atenção foi a PRIMEIRA frase na música do Serra: “Quando Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá...” o nome do presidente mais popular da história desse país aparece primeiro que o do candidato da oposição! Será que o Serra também está querendo se promover com a imagem do Presidente?
Comentários a parte, vamos à campanha. Que vença o melhor para o povo brasileiro.
Só pra quem não assistiu, segue o filme da Dilma. Pra quem não gosta, eu peço 10 min, compensa assistir. Além do filme estar muito bom,ele conta algumas mudanças desses últimos anos.
Deixando o partidarismo de lado, é muito bom saber de todas essas conquistas do povo brasileiro.
Assista Aqui

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Primeiro debate on-line do Brasil.

A internet realmente está proporcionando grandes mudanças.
Gostei muito da notícia que li na Folha de São Paulo sobre o debate on-line promovido por ela e pelo UOL. Segue a matéria na íntegra:

Transmissão ao vivo do debate foi acessada mais de 1,4 milhão de vezes
Nos dias em que houve os primeiros debates on-line da história do Brasil entre candidatos a presidente e a governador, promovidos pela Folha e pelo UOL, a audiência do UOL Notícias e da Folha.com foi 350% maior do que a média e chegou à casa dos 30 milhões de acessos.
Considerando apenas o UOL Notícias, a audiência superou em 50% o recorde anterior, da cobertura do julgamento do casal Nardoni.
Ontem, durante o debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), o vídeo da transmissão ao vivo foi acessado mais de 1,4 milhão de vezes.
O confronto entre os candidatos à Presidência também teve ampla repercussão em outros sites, além de blogs e redes sociais.
Mais de 80 sites diferentes fizeram a transmissão simultânea do vídeo do debate de norte a sul do Brasil.
Os servidores do UOL registraram acesso de 127 países diferentes. Fora o Brasil, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e Portugal deram as maiores audiências ao debate.
No Twitter, o debate Folha/UOL chegou a liderar a lista de assuntos mais comentados no mundo inteiro e, durante todo o evento, esteve entre os quatro temas mais citados na rede social.
Os candidatos também foram beneficiados pela repercussão do debate.
O volume de citações dos presidenciáveis no microblog aumentou consideravelmente durante o confronto, cujo vídeo foi visto por 15.500 pessoas pelo Twitter.
Segundo a empresa E. Life, especializada em gestão do relacionamento em redes sociais, os três candidatos foram citados em 97.521 tuítes entre 8h e 14h. Cerca de 80% dessas menções ocorreram entre 10h30 e 13h30.
Ainda segundo a E. Life, em torno de 25% das menções aos candidatos estavam associadas diretamente ao marcador #debatefolhauol. Ao todo, Dilma liderou com 42 mil tuítes, Serra teve 28 mil, e Marina, 24 mil.
No Facebook, a transmissão do debate recebeu cerca de 4.100 comentários.
O debate Folha/UOL também foi acompanhado por outras mídias. Pessoas com iPhone ou iPad acessaram o vídeo ao vivo 7.842 vezes.
O link para a matéria:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/785298-transmissao-ao-vivo-do-debate-foi-acessada-mais-de-14-milhao-de-vezes.shtml

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mudança? Será necessário mais que isso para mudar.

Que o Brasil está crescendo é evidente, vemos a cada dia a geração de novos empregos, teve aumento no credito possibilitando o surgimento de uma classe C emergente, nunca se vendeu tanto carro, enfim, estamos crescendo.
Porém, isso não quer dizer que esse crescimento é proporcional e justo. O Brasil detém o “título” de terceiro pior índice de desigualdade do mundo, conforme divulgado no relatório da ONU, o Pnud.
Uma das causas principais da assustadora disparidade é a educação. A cada 100 brasileiros apenas 9 possuem diploma. Claro que só o aumento na qualidade da educação e o seu maior acesso não são suficientes para mudar a realidade, outras causas que contribuem para a disparidade e devem ser resolvidas é a saúde, saneamento e transporte.
É fato que a renda dos pobres no Brasil cresceu 72%, entre 2001 e 2008, enquanto dos ricos cresceu 10%. Porém, metade da renda nacional ainda está nas mãos dos 10% mais ricos do país.
Não podemos deixar de lembrar os dados do Governo Lula, que tirou 21,8 milhões de brasileiros da miséria, e graças a sua política, estimasse que até 2016 a miséria seja erradicada no Brasil.
Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam transferência de renda. Em 2008 eram 58,3%. E erram as pessoas que dizem que o governo brasileiro sustenta “vagabundos” ou coisa que o valha, a distribuição de renda é dever de todo governo.
Acima da importância da distribuição de renda está o apoio do governo ao trabalhador, não basta dar o peixe, tem que ensinar a pescar.
Se isso não mudar vamos entrar num ciclo vicioso, se é que não estamos, onde haverá uma estagnação social e não diminuiremos essa desigualdade.
Geração de empregos, qualificação de mão de obra, melhores escolas e maior acesso para a população, melhorias na saúde e saneamento. É tratando o trabalhador com respeito e qualidade que conseguiremos diminuir essa disparidade. Já começamos essa mudança com o Bolsa Família, o ProUni, a geração de novos empregos, a criação de novas universidades (a maior entre todos os governos brasileiros) agora resta aos próximos governantes amadurecer esses projetos, e ao povo escolher bem seus representantes e cobrá-los, pois tudo isso quem paga somos nós.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Novos tempos.

Em uma conversa com um amigo surgiu o assunto sobre “politização dos brasileiros”. Hoje não se vê como antigamente grupos que discutem política pública, ou organizações com a mesma frequência de anos anteriores.
As pessoas não estão mais tão interessadas em política, elas olham como uma profissão independente, algo que não faz parte da sua realidade. E por que chegamos nesse ponto? Antigamente existiam diversos grupos de discussão, quase todos os bairros ou regiões tinham o seu, as pessoas brigavam pelo o que acreditavam, por seus ideais.
Não tenho uma resposta formulada e creio que não exista uma verdade absoluta. Podemos considerar que as novas tecnologias contribuem para esse afastamento. As pessoas se tornam cada vez mais individualistas, fechadas no seu mundo, as ferramentas que surgiram como mais uma forma de discutir ideias se tornaram as únicas. Hoje as pessoas protestam pelo twitter, e ai? Onde isso chegará? Existem diversas comunidades em redes sociais como orkut que discutem política, expõe problemas, e algumas até saem na rua, ou vão para as prefeituras lutar pelos seus direitos, mas muitas delas, acredito que a maioria, não sai da web. E é esse “conforto” e falso pensamento de que estão contribuindo para um Brasil melhor dando RT em protestos no twitter, que afastam cada vez mais as pessoas da política.
Outro ponto a ser destacado, e foi esse o discutido nessa conversa que tive, é o estado de “paz” e liberdade que estamos vivendo. O Brasil saiu de uma ditadura a poucos anos, 25. Os jovens de hoje são filhos dos jovens que lutaram contra esse regime, e tanto pais como filhos sabem das conseqüências que a ditadura causava e causa. Passamos mais de 20 anos governados por ditadores que puniam dos modos mais perversos os opositores do Regime Militar, que torturavam com total apoio dos órgãos governamentais. E mesmo assim muitos saiam de suas casas para lutar por um País melhor, muitos morriam pela pátria e pelo sonho. Com o fim da ditadura o estado de alivio, de alegria, se tornou tão forte que os direitos adquiridos e reconquistados nos acomodaram, como se aqueles problemas fossem os únicos, e com esses resolvidos não tinha mais uma causa nobre para a luta.
Talvez por aproveitar essa democracia conquistada é que não vemos mais a necessidade de discutir, reivindicar, talvez pelo cansaço de mais de 20 anos de luta contra o regime ditatorial é que hoje nos acomodamos.O que não deveria acontecer.
Esse estado de calmaria é prejudicial. É nessa hora que as portas se abrem para os corruptos agirem. Deveríamos estar em constante inquietação, sempre atentos para o que fazem ou deixam de fazer. Estamos longe de ser um país justo e sem problemas. Debater, discutir, participar de reuniões, analisar os candidatos e cobrá-los pelo que prometeram é essencial para a formação de um país mais justo e igualitário.
Lutaram por nossa democracia, lutaram por nosso direito ao voto, nada mais justo que valorizarmos essas lutas e exercer nosso papel dentro da sociedade.