segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cinco heróis Cubanos

Rumo ao socialismo
Cuba foi um dos últimos países a conquistar a independência no continente americano, só que, além do grande herói da independência José Martí, o país contou com o apoio de tropas norte americanas. Isso desencadeou numa  nova dependência, agora com nossos vizinhos do norte. Como prova desse imperialismo e desejo de dominação incondicional dos EUA sobre Cuba, foi criada a emenda Platt, que dava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país.
Cuba, com o tempo, se transformou no quintal dos Estados Unidos, aumentando cada vez mais sua dependência. Dentro desse  contexto surge o general Fulgêncio Batista, claramente apoiado pelos EUA.  Nesse período Cuba passava pelos mais diversos problemas desde saúde até infra estrutura, passando por educação e outros temas de suma importância para a população.
Com a situação chegando ao seu estopim, um grupo de aproximadamente 80 homens, liderados por Fidel Castro, com  nomes como Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, se organizou para tirar o ditador do poder.
Entre 1956 e 59 o grupo lutou contra  Batista chegando ao ponto  máximo em 1959 quando o grupo conseguiu tomar o poder e assim , fazer as mudanças necessárias para o país.
Enquanto acontecia a revolução em Cuba, depois da conquista do poder pelos revolucionários, o mundo passava por uma guerra entre socialistas e capitalistas, a Guerra Fria, que de um lado tinha a URSS e do outro os EUA.Cuba, por ter adotado o sistema socialista como forma de governo, ficou do lado da União Soviética que fez o papel de parceiro comercial e proporcionou as condições financeiras que Cuba precisava para realizar suas transformações.
Bloqueio

Depois da conhecida “crise dos mísseis” os EUA declararam o bloqueio econômico contra Cuba (que dura até hoje). Até então, por mais que Cuba tivesse  perdido um importante parceiro comercial, a ilha ainda tinha a URSS como parceira, que assegurava a continuidade das obras realizadas pela revolução. O que os cubanos não podiam prever era a queda da União Soviética e a covarde continuidade do bloqueio por parte dos EUA, que fez Cuba passar por um dos piores períodos da sua história, o chamado  “período especial”. Mas mesmo assim o povo cubano, liderados por  Fidel Castro, conseguiu reerguer o país através do turismo e assim voltar com as melhorias que a revolução vinha trazendo para a ilha.
Segunda Tentativa

Em mais uma tentativa covarde dos EUA, mas especificamente de um grupo de cubanos de extrema direita que vivia em Miami, atentados terroristas contra a ilha foram realizados. Atentados contra hotéis, aviões, bancos e agências de turismos passaram a ser comuns.
Com a situação já chegando ao seu auge, com centenas de mortes e com o turismo, até então fonte de renda de Cuba, em decadência, o governo cubano não teve outra saída senão mandar para  Miami agentes cubanos para se infiltrarem nesses grupos terroristas, a fim de alertar o governo de Fidel sobre futuros ataques. Esses cubanos viviam uma vida simples, com trabalhos simples e morando em lugares humildes, o único propósito era evitar os atentados terroristas dos EUA contra a ilha.
Vendo a sequência de ataques sem sucesso, o governo americano passou a investigar  o que poderia estar dando errado, e descobriu o grupo de “heróis” cubanos que estavam alertando o governo dos ataques, e claro, foram presos.
Os cubanos presos são: Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González.
Os cincos receberam a soma de quatro prisões perpétuas e 75 anos de privação da liberdade. Gerardo terá de pagar duas prisões perpétuas (isso mesmo, DUAS!) e mais 15 anos de prisão.Ramón, à prisão perpétua e mais 18 anos; Tony, à prisão perpétua e mais 10 anos; Fernando, a 19 anos; e René a 15 anos.
Desde 1998 os cinco estão presos. Eles foram submetidos a um tribunal que foi regido pelas pressões de anticastristas, sem oportunidade alguma de defesa. Hoje, em todo o mundo existem cerca de 300 Comitês de Solidariedade com os Cinco. E esse é um movimento que vem crescendo com o tempo, cada vez mais pessoas se sensibilizam com a causa e fazem o que deveria ser o papel da mídia de informar qual a verdade sobre esse caso.
Isso tudo serve para mostrar o sentimento de superioridade que rege o governo norte americano. O terrorismo citado aqui não aparece na grande mídia, todos esses atentados contra a liberdade dos cinco cubanos e ao próprio povo cubano passam despercebidos, afinal de contas, terrorista mesmo é só o Bin Laden, enquanto o Nobel da paz vai para Obama...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Brasil sem Miséria


Nossa presidenta Dilma Rousseff  está dando um importante passo no seu governo, mas poucas pessoas estão sabendo, até porque, não interessa para a mídia dar audiência, preferem ficar batendo na mesma tecla, inflação, gastos públicos, crescimento...
Mas vamos ao mais importante, até o final da Maio será lançado o Programa Brasil sem Miséria. A meta é corajosa, até 2014 iremos acabar com a miséria absoluta no Brasil, são 16,2 milhões de pessoas que mudarão de vida, nunca na história do Brasil um governo abraçou um projeto tão grande.
A matéria completa está na Carta Capital.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Michael Moore e a morte de Bin Laden


Para o cineasta Michael Moore, por trás da morte, ou melhor, do assassinato de Bin Laden, tem muita coisa que não foram contadas que, segundo a perspectiva dele, fazem muito sentido. Moore fala que Osama estava “detido no Paquistão há ao menos seis anos, numa espécie de “prisão domiciliar”
Através de comentários via twitter o documentarista disse “Há alguma chance de helicópteros voarem ao lado de uma base militar, uma ‘West Point’, ter um tiroteio, um helicóptero explodir e nem policiais, nem soldados do Paquistão darem as caras?”
Nesse momento muitas teorias vão surgir, mas não teremos certeza de nada. O próprio 11 de setembro até hoje causa dúvida na cabeça de muitas pessoas, e muitas teorias foram construídas em torno do fato.

A matéria completa sobre a “teoria de Michael Moore” está na Carta Capital.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Fidel Castro comenta o assassinato de Osama Bin Laden

Comentário feito pelo sempre comandante e líder da luta contra o Imperialismo, Fidel Castro, sobre o assassinato de Osama Bin Laden. Fonte: Portal vermelho
Aqueles que se ocupam desses temas sabem que, em 11 de setembro de 2001, nosso povo se solidarizou com o dos Estados Unidos e deu a modesta cooperação que podíamos oferecer no campo da saúde às vítimas do brutal atentado às Torres Gêmeas de Nova York.
Oferecemos também de imediato as pistas aéreas de nosso país para os aviões norte-americanos que não tiveram onde aterrissar, dado o caos reinante nas primeiras horas depois daquele golpe.
É conhecida a posição histórica da Revolução Cubana que se opôs sempre às ações que puseram em perigo a vida de civis.
Partidários decididos da luta armada contra a tirania batistiana, éramos, por outro lado, opostos por princípio a todo ato terrorista que conduzisse à morte de pessoas inocentes. Tal conduta, mantida ao longo de mais de meio século, nos dá o direito de expressar um ponto de vista sobre o delicado tema.
No ato público de massas efetuado na Cidade do Esporte expressei naquele dia a convicção de que o terrorismo internacional jamais se resolveria mediante a violência e a guerra.
Bin Laden foi, certamente, durante anos, amigo dos Estados Unidos, que o treinou militarmente, e adversário da URSS e do socialismo, mas qualquer que fossem os atos atribuídos a ele, o assassinato de um ser humano desarmado e acompanhado de familiares constitui um fato repugnante. Aparentemente foi isso que fez o governo da nação mais poderosa de todos os tempos.
O discurso elaborado com esmero por Obama para anunciar a morte de Bin Laden afirma: “…sabemos que as piores imagens são aquelas que foram invisíveis para o mundo. O lugar vazio na mesa. As crianças que se viram forçadas a crescer sem sua mãe ou seu pai. Os pais que nunca voltarão a sentir o abraço de um filho. Cerca de 3 mil cidadãos se foram para longe de nós, deixando um enorme buraco em nossos corações”.
Esse parágrafo encerra uma dramática verdade, mas não pode impedir que as pessoas honestas recordem as guerras injustas desencadeadas pelos Estados Unidos no Iraque e Afeganistão, as centenas de milhares de crianças que se viram forçadas a crescer sem sua mãe ou seu pai e os pais que nunca voltariam a sentir o abraço de um filho.
Milhões de cidadãos se foram para longe de seus povos no Iraque, Afeganistão, Vietnã, Laos, Cambodja, Cuba e outros muitos países do mundo.
Da mente de centenas de milhões de pessoas não se apagaram tampouco as horríveis imagens de seres humanos que em Guantánamo, território ocupado de Cuba, desfilam silenciosamente submetidos durante meses e inclusive anos a insuportáveis e enlouquecedoras torturas; são pessoas sequestradas e transportadas a prisões secretas com a cumplicidade hipócrita de sociedades supostamente civilizadas.
Obama não tem como ocultar que Osama foi executado na presença de seus filhos e esposas, agora em poder das autoridades do Paquistão, um país muçulmano de quase 200 milhões de habitantes, cujas leis foram violadas, sua dignidade nacional ofendida, e suas tradições religiosas ultrajadas.
Como impedirá agora que as mulheres e os filhos da pessoa executada sem lei nem julgamento expliquem o ocorrido, e as imagens sejam transmitidas ao mundo?
Em 28 de janeiro de 2002, o jornalista da CBS Dan Rather difundiu por meio dessa emissora de televisão que em 10 de setembro de 2001, um dia antes dos atentados ao World Trade Center e ao Pentágono, Osama Bin Laden foi submetido a uma hemodiálise do rim em um hospital militar do Paquistão. Não estava em condições de esconder-se nem de proteger-se em cavernas profundas.
Assassiná-lo e enviá-lo às profundezas do mar demonstram medo e insegurança, convertem-no em um personagem muito mais perigoso.
A própria opinião pública dos Estados Unidos, depois da euforia inicial, terminará criticando os métodos que, longe de proteger os cidadãos, terminam multiplicando os sentimentos de ódio e vingança contra eles.

Fidel Castro Ruz
4 de maio de 2011
20h34

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A barbárie e a estupidez jornalística


Abaixo parte do artigo de Elaine Tavares, publicado no blog do Miro:

Imaginem vocês se um pequeno operativo do exército cubano entrasse em Miami e atacasse a casa onde vive Posada Carriles, o terrorista responsável pela explosão de várias bombas em hotéis cubanos e pela derrubada de um avião que matou 73 pessoas. Imagine que esse operativo assassinasse o tal terrorista em terras estadunidenses. Que lhes parece que aconteceria?
O mundo inteiro se levantaria em uníssono condenando o ataque. Haveria especialistas em direito internacional alegando que um país não pode adentrar com um grupo de militares em outro país livre, que isso se configura em quebra da soberania, ou ato de guerra. Possivelmente Cuba seria retaliada e, com certeza, invadida por tropas estadunidenses por ter cometido o crime de invasão. Seria um escândalo internacional e os jornalistas de todo mundo anunciariam a notícia como um crime bárbaro e sem justificativa.
Mas, como foi os Estados Unidos que entrou no Paquistão, isso parece coisa muito natural. Nenhuma palavra sobre quebra de soberania, sobre invasão ilegal, sobre o absurdo de um assassinato. Pelo que se sabe, até mesmo os mais sanguinários carrascos nazistas foram julgados. Osama não. Foi assassinato e o Prêmio Nobel da Paz inaugurou mais uma novidade: o crime de vingança agora é legal. Pressuposto perigoso demais nestes tempos em que os EUA são a polícia do mundo.

Longe de defender Osama. Sempre fui a favor de que todos devem pagar por seus atos, e Osama, realmente, era a cara do terrorismo, mas não podemos vangloriar nossos vizinhos do norte pelo feito e esquecer o que eles já fizeram e fazem até hoje. As mais de 800 bases militares espalhadas no mundo, a prisão de Guantánamo, o bloqueio contra Cuba, as invasões militares e todo esse conjunto de atrocidades imperialistas que nunca são pautas das mídias... Mas claro, eles mataram Osama, agora sim, o mundo está melhor...  

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Morre Osama Bin Laden. E que história mal contada...

Uma equipe especial que ninguém sabe direito quem era, descobriu o esconderijo de Osama Bin Laden. Diferente de Saddam Hussein, que se escondeu num buraco, Bin Laden estava numa grande casa, bem diferente das casas do lugar, mas há 10 anos não despertou a curiosidade dos EUA em saber quem era o morador.
Pois bem, certo dia, por algum motivo, resolveram investigar quem era o morador, e descobriram que era nada mais nada menos que ele, o homem mais procurado do mundo, Osama Bin Laden.
Era de se esperar que os agentes norte-americanos entrassem na casa e capturassem Osama, como fizeram com Saddam, já que, por ser o líder da Al Qaeda, ele deveria ter muitas informações importantes. Mas não foi isso que aconteceu. Os soldados mataram Bin Laden.
já erraram ai, pois eles (os soldados) até onde sabemos, estavam em maior número e daria para evitar as mortes. Mas enfim, mataram. Esperava-se então o corpo para fazerem testes que comprovassem que era realmente o corpo de Osama, mas não, o corpo foi sepultado no mar! E o lugar está sendo mantido em segredo. Isso tudo porque os EUA respeitaram a tradição que diz que o sepultamento deve acontecer dentro de 24 horas. E foi isso que aconteceu, o exército realizou o sepultamento em poucas horas, sem deixar vestígios.
Agora sim, tudo explicado. Ainda mais vindo dos EUA, nação que está há muito tempo respeitando a tradição islâmica, que se preocupa com os direitos humanos. É só ver o massacre de mais de 300 mil mortos nessa guerra, dentre eles crianças e mulheres que nada tinham com a situação, visto pelas torturas e humilhações que o exército realizava com seus prisioneiros...
Estranho a notícia da morte do homem mais procurado do mundo sem nenhuma prova, sem corpo, sem testemunhas, e com todas as informações em segredo. E o que mais me impressiona é a cordialidade dos EUA em deixar que as tradições fossem feitas.
Isso tudo sem contar o fato de que os EUA passam por uma crise, onde a população está desacreditada e que o governo está sendo alvo de criticas, justamente no ano que antecede as eleições, e Obama já confirmou sua participação...
Muito estranho.

Verissimo e a revolta da classe média

Não podia deixar de publicar essa crônica. Mais uma vez o escritor Luis Fernando Verissimo expõe sua habilidade de retratar o cotidiano de maneira divertida e carregado de verdades... vale a pena.
A crônica foi publicada no Estado de São Paulo.

Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.
- É nisso que deu, oito anos de governo Lula. Este caos. Todo o mundo com carro, e todos os carros na rua ao mesmo tempo. Não tem mais hora de pique, agora é pique o dia inteiro. Foram criar a tal nova classe média e o resultado está aí: ninguém consegue mais se mexer. E não é só o trânsito. As lojas estão cheias. Há filas para comprar em toda parte. E vá tentar viajar de avião. Até para o exterior - tudo lotado. Um inferno. Será que não previram isto? Será que ninguém se deu conta dos efeitos que uma distribuição de renda irresponsável teria sobre a população e a economia? Que botar dinheiro na mão das pessoas só criaria esta confusão? Razão tinha quem dizia que um governo do PT seria um desastre, que era melhor emigrar. Quem pode viver em meio a uma euforia assim? E o pior: a nova classe média não sabe consumir. Não está acostumada a comprar certas coisas. Já vi gente apertando secador de cabelo e lepitopi como e fosse manga na feira. É constrangedor. E as ruas estão cheias de motoristas novatos com seu primeiro carro, com acesso ao seu primeiro acelerador e ao seu primeiro delírio de velocidade. O perigo só não é maior porque o trânsito não anda. É por isso que eu sou contra o Lula, contra o que ele e o PT fizeram com este país. Viver no Brasil ficou insuportável.
- A nova classe média nos descaracterizou?
- Exatamente. Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada...
- Buuu para o Lula, então?
- Buuu para o Lula!
- E buuu para o Fernando Henrique?
- Buuu para o... Como, "buuu para o Fernando Henrique"?!
- Não é o que estão dizendo? Que tudo que está aí começou com o Fernando Henrique? Que só o que o Lula fez foi continuar o que já tinha sido começado? Que o governo Lula foi irrelevante?
- Sim. Não. Quer dizer...
- Se você concorda que o governo Lula foi apenas o governo Fernando Henrique de barba, está dizendo que o verdadeiro culpado do caos é o Fernando Henrique.
- Claro que não. Se o responsável fosse o Fernando Henrique eu não chamaria de caos, nem seria contra.
- Por quê?
- Porque um é um e o outro é outro, e eu prefiro o outro.
- Então você não acha que Lula foi irrelevante e só continuou o que o Fernando Henrique começou, como dizem os que defendem o Fernando Henrique?
- Acho, mas...
Nesse momento o trânsito começou a andar e o diálogo acabou.