quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Enfim, o caos.


Está tudo perdido. O mundo está uma bosta e não tem mais jeito. Onde já se viu, gente fazendo caridade e se orgulhando disso? Não! Isso não está certo. Quando coisa boa vira exceção é sinal de fim dos tempos, ou melhor, fim do mundo.
Que acabe mesmo em 2012, talvez seja melhor assim. Sei lá, vai que os mais crentes estão certos e realmente existe a tal vida após a morte. Espero que ao menos lá as coisas  caminhem melhor. Não espero um “paraíso”, isso também não deve ser muito bom, é uma calmaria tediante, mas que seja melhor, sem essa de “cada um por si e que se fodam os outros”.
Agora, se não acabar em 2012 complica... As tecnologias, por milhões que custam, não possibilitaram nossa vida em outro planeta. Cheguei a cogitar uma sociedade alternativa, dessas que se come àquilo que planta, que se prega a liberdade e tal, mas ai fiquei pensando na velocidade e voracidade dos avanços do mercado e percebi que qualquer sociedade dessa seria, no máximo, uma colônia de férias.
O caos. Arrisco dizer num caos geral. É para isso que caminhamos.
A imagem que me vem a cabeça é aquela que descreve Saramago em seu livro “Ensaio sobre a cegueira”. Aqui, o cego já fomos. O caos será quando o inverso acontecer, quando conseguirmos enxergar o mundo, enxergar aonde chegamos. A cegueira será de opção.
Ai quem sabe, quando tudo isso por fim acabar, alguma outra explosão reviva o Big Bang e tudo volte às cavernas.

Enquanto isso não acontece, que ao menos tentemos mudar, fazer diferente, tirar a bunda do sofá e parar de curtir status no facebook. Vamos viver uma vida mais agitada. Como já disse Maiacovsky, “é melhor morrer de vodca do que de tédio”.