quinta-feira, 10 de maio de 2012

Um pouco do que aconteceu na convenção de solidariedade a Cuba


Em frente a mesa uma bandeira de Cuba, no final do auditório o rosto dos cinco heróis cubanos presos nos EUA.
Infelizmente, o público não era grande, como já esperava. Barba era quase que obrigatório, a boina é que não se mostra mais como item essencial. Os assuntos dos corredores, antes do início, são os mesmos de convenções como essa: política, sociologia, literatura, que acabam compondo o ambiente.
De fundo, antes de começar, clássicos cubanos tocam, alternando com hinos de países latinos. A música brasileira ficou por conta de Paulinho da Viola e Chico Buarque.
Com uma hora de atraso, começa a convenção, presidida pelo deputado Adriano Diogo.
Para início, o hino do Brasil. Logo depois o hino de Cuba, e para minha surpresa, A Internacional, com um coro geral e braços erguidos.
O primeiro a falar foi Lázaro Cárdenas, cônsul cubano, que começou com referencias a José Martí.
Ele destacou o bloqueio criminoso que a mais de meio século é imposto a Cuba. Disse que em seu país eles não têm muito, mas “nunca deixamos de compartilhar o que temos”. Lázaro falou também da exclusão de Cuba da cúpula das Américas.
Sobre as mudanças que estão ocorrendo em seu país, ele deixou claro que o que está acontecendo é uma atualização do sistema econômico e não da política.
Terminou sua fala afirmando que “um mundo melhor é possível”
Após seu pronunciamento o grupo de música Canto Livre se apresentou, que segundo seus integrantes, é uma resistência latina frente ao imperialismo através da arte.
O deputado estadual Simão Pedro destacou a importância do escritor Fernando Morais na “popularização da Revolução Cubana”. Falou também o “Alemão”, representante do PC do B, que tratou Cuba como exemplo no combate ao imperialismo, e falou da importância da reeleição de Hugo Chavez na Venezuela.
Falou também Elza Lobo, Idibal Pivetta e Paulinho (Ribeirão Preto).
A importância de Cuba para os militantes brasileiros durante a ditadura, tanto pelo treinamento de guerrilha quanto pela recepção, foi destacada tanto pela Elza como pelo Pivetta. Já Paulinho, que foi interrompido diversas vezes por aplausos efusivos por conta de sua fala, destacou o exemplo que Cuba dá ao mundo. Falou dos 55 mil cubanos voluntários que foram para Angola lutar na guerrilha. Falou também da ação internacionalista que até hoje é marca registrada da Ilha.
No final de sua fala, sugeriu um boicote às empresas brasileiras, ou com fábrica aqui no Brasil, que aderiram ao bloqueio. Ele citou duas, a Dell e a CVC.
O evento terminou com a carta oficial da Convenção Paulista de Solidariedade e mais duas músicas do Canto Livre. A última música foi o clássico Guantanamera, com todos cantando de pé e alternando o refrão com gritos de “Fidel, Fidel” e “Cuba Socialista”

“Hasta la victoria, siempre”

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