quinta-feira, 24 de maio de 2012

Salvador Allende


Não lembro de ter escrito sobre. Talvez citado vez ou outra, mas nunca um texto sobre ele. Talvez por uma “proximidade” maior com o assunto Cuba, que me desperta curiosidade e admiração, acabou ficando em segundo plano.
Aqui na América Latina já passaram grandes lideranças. Nomes que ficarão para sempre na mente das pessoas, sempre como referências. Mas alguns se destacam, entre eles,  Salvador Allende.
Ele foi uma das figuras mais importantes da América Latina e sem dúvida entrou na história como um dos melhores presidentes do Chile.
Allende foi eleito presidente em 1970, representando a Unidade Popular, junção de várias forças de esquerda.
O governo de Salvador pretendia “construir uma sociedade socialista em liberdade, pluralismo e democracia”, como meio para essa sociedade o governo visava a nacionalização da economia, melhor condições para os trabalhadores e a Reforma Agrária.
Como era de se esperar, em plena Guerra Fria, o governo de Allende não foi bem visto pelo primo norte americano, que começou a boicotar o país. Além da política socialista, o governo de Salvador, como era de se esperar, se aproximou de governos de esquerda, inclusive do seu amigo Fidel Castro. No quintal dos EUA, Cuba já era uma afronta, eles não iriam tolerar mais nada parecido...
Então, com o apoio imperialista, as Forças Armadas, até então sem grandes participações políticas no país, derrubaram o governo socialista através de um golpe, em Setembro de 73.
Numa operação comandada por Augusto Pinochet o Golpe começou dia 11 de setembro, com um levante da Marinha.
Aos 65 anos, Allende recusou entregar seu posto aos militares. Como último e único ato possível naquele momento, visto que era inevitável o golpe, Salvador Allende se suicida com um tiro de AK-47, presente de seu amigo Fidel Castro, que trazia os dizeres "A Salvador, de seu companheiro de armas, Fidel Castro". Assim, Allende se torna a primeira vítima da ditadura chilena, uma das mais perversas de toda a América Latina, que durou 17 anos e deixou, no mínimo, três mil mortos e desaparecidos.

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