sexta-feira, 25 de maio de 2012

O que é ser Fidel Castro?


Pense no que é, e principalmente foi, ser Fidel Castro...
Cuba esteve no centro da Guerra Fria, acompanhou e sofreu de perto cada investida dos blocos capitalistas e socialistas.
A Ilha era a “menina dos olhos” da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Era o exemplo que deu certo, a porta de entrada para a América, no território do inimigo.
A Revolução Cubana foi uma revolta popular, do povo e para o povo. Quando a URSS resolve “financiar” Cuba, em 1961, o país já contava com um dos menores índices de analfabetismo do continente americano, uma Reforma Agrária avançada e um sistema médico já bem mais avançado que poucos anos antes. Ou seja, a Ilha era o exemplo ideal para a União Soviética, e melhor ainda, no quintal dos Estrados Unidos.
Então, pense no que foi ser Fidel Castro.
Acompanhar essa Guerra de perto, servir de exemplo, treinar militantes para revoltas em outros países, abrigar fugitivos de ditaduras, ficar em constante alerta sobre ataques que a qualquer momento poderiam acontecer, ter a poucos quilômetros de distancia seu maior inimigo.
Em 1961, quando Cuba foi invadida por cubanos dissidentes, financiados pelo governo americano, Fidel não hesitou em ir para a frente de batalha. Mesmo sendo presidente do país e sabendo do risco eminente que corria ele lutou ao lado do exército Rebelde. 
O mundo esteve a beira de uma guerra nuclear em 1962 depois da instalação de mísseis soviéticos na ilha de Castro, a “Crise dos mísseis”. O mundo sentiu a tensão daquele momento, mas não tanto quanto os cubanos.
Fidel foi a pessoa que mais sofreu tentativas de assassinato, ao todo 638, a maioria planejados pela CIA. E pense em quantos presidentes, inclusive alguns que tentaram assassiná-lo, ele enterrou.
Depois de sofrer o acidente em cerimônia realizada em Santa Clara, em 2004, e quebrado um braço e uma perna, Fidel se recusou a tomar anestesia geral para não perder a consciência e continuar tratando de seus afazeres. Mesmo na ambulância, no caminho ao hospital, o líder cubano realizou algumas ligações. O quarto virou seu escritório enquanto esteve internado, segundo suas próprias palavras: "Não parei de cumprir as tarefas pelas quais sou responsável, em coordenação com outros camaradas".
Depois de ter alta Fidel pegou sua arma, que anda sempre em sua cintura, desmontou e montou, para certificar que seu braço ainda estava apto para isso.
Cuba passa por um bloqueio econômico a mais de 50 anos e Fidel soube driblar e, de um jeito ou de outro, compensar os males dessa ação criminosa dos EUA.
Eram frequentes os ataques terroristas vindos de Miami, onde está a Little Havana, bairro de dissidentes cubanos que almejam tomar o poder de Cuba para voltar os cassinos, prostituição e tráfico, atividades comuns antes da Revolução. Não foram poucos os atentados contra Cuba.
Os constantes ataques midiáticos que o país sofre diariamente também deixaram de surpreender, dado a frequência com que acontecem. E como Cuba reage? Mandando médicos voluntários para outros países, desenvolvendo tecnologia, dentro do possível, remédios, exportando conhecimento.
Fidel, pra mim, é a pessoa mais influente do nosso século.
Fidel nunca abandonou a roupa de guerra, nunca parou de lutar.

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