quarta-feira, 26 de outubro de 2011

15 de outubro – Indignados e Globalizados


Antes de mais nada, destaco a importância do “AcampaSampa”, sei da relevância política e social que ele representa e todo seu potencial como força popular. Mas não posso deixar de destacar alguns pontos.
O movimento surge sem lideranças, com propostas gerais, abrangentes e de caráter internacional (as mesmas reivindicações aqui são as de Madri, Chile e Nova Iorque, para citar alguns exemplos)
As causas são nobres, mas carecem de realidade. O movimento corre o risco de ficar obsoleto, de seus participantes não se renovarem. E isso pode acontecer pela falta de mudanças rápidas, que interfiram no cotidiano. Não é necessário, nesse primeiro momento, grandes mudanças, mas algo que prove a força que a união tem, que mostre o caráter transformador mesmo que em pequenas causas.
Algumas saídas no meu entendimento:
A construção de uma liderança que posteriormente se torne uma candidatura e que seja, de fato, representativa, mesmo que para isso seja necessária a “rendição” ao atual sistema eleitoral.
Apoio a mudanças que já tramitam nos corredores do congresso como o financiamento público de campanha e o fim do voto secreto, com o intuito de potencializar a participação popular e diminuir os vínculos dos nossos representantes com o setor privado.

Nada disso exclui o movimento que mundialmente vem ganhando força, mas vejo nessas opções um jeito mais rápido e efetivo de se construir uma nova sociedade.

Para finalizar: e como fica a opinião daqueles que não podem participar das assembléias, mas compartilham dos mesmos ideais? As assembléias se tornarão representativas?
Caímos no mesmo ponto.

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