terça-feira, 19 de julho de 2011

Esquerda Brasileira

Vivemos em um país democrático e livre (há controvérsias, mas falaremos disso depois) onde cada um pode se organizar, fazer, opinar e, se for do interesse, montar um partido.

Depois da retomada da democracia, após o golpe de 64, em 1985, o Brasil passou por um processo de redemocratização que, com o passar do tempo, dentre outras ações, ocorreu o surgimento de diversos partidos políticos.
No começo foram poucos e a divisão era bem clara, os de direita e os de esquerda. Hoje a disseminação foi tão grande que ficou difícil não só identificar, mas saber todos os partidos de esquerda no Brasil. Isso é bom, pois demonstra o quão democrática é nossa sociedade, mas para os esquerdistas (independente de partidos políticos) isso enfraquece a causa.
Antes de comentar sobre isso preciso traçar o que vou considerar “esquerda”. Tomando como base, por exemplo, o PP do deputado (ultra conservador, racista e homofóbico, e não, isso não é exagero) Jair Bolsonaro, temos como esquerda Brasileira o PT, PSOL, PCdoB, PCO, PSTU e todos outros que não lembro agora, não por falta de consideração, mas por falta de memória. Bom, dentre esses o PT é sem dúvida o maior deles. O Partido dos Trabalhadores nasceu quando os sindicatos resolveram mudar sua forma de atuação e concentraram a força dos trabalhadores num partido político. Com o tempo, muitas mudanças ocorreram tanto na sociedade quanto na base do PT, ocasionando certa estranheza dos outros partidos de esquerda mais radicais. Mesmo com vários setores dentro do partido mais radicais essa “centralizada” do PT contribuiu para a segmentação da esquerda brasileira. O próprio Psol tem diversos militantes ex-petistas, como o próprio Plínio de Arruda, ou do PSTU, como o Zé Maria, outro ex-petista. Isso não faz do PT um partido de direita, mas se diferencia dos outros por sua postura mais maleável.
Pois bem, a esquerda no Brasil está fragmentada. Enquanto não houver uma união e unificação do discurso ficará difícil fazer mudanças mais significativas no sistema em que vivemos.
Claro que isso, para não ser pessimista e falar que é impossível, não será fácil, basta comparar o discurso desses partidos. Enquanto o PT tem um discurso não tão radical, com uma boa conversa entre os partidos de direita, o Psol já se mostra um pouco mais radical, com propostas mais audaciosas e o PSTU sendo a extrema esquerda nessa comparação. Ou seja, nessa breve análise conseguimos traçar o perfil de três partidos de esquerda com discursos diferentes.
Não dá pra pedir que todos esses discursos se unifiquem e que todos militantes saiam andando de mãos dadas e lutando por uma causa comum. Todos beberam na mesma fonte, nasceram no mesmo berço e têm o mesmo propósito: apresentar ao Brasil uma nova opção para o desenvolvimento social, mais justo e igualitário, mas os caminhos traçados são diferentes.
Enquanto isso não acontece, o que nos resta é lutar para que a direita reacionária brasileira não assuma papel de destaque na política Nacional. É lutar para manter a esquerda no cenário, independente do nível ou esfera política, pois mesmo que não consigamos, por enquanto, grandes mudanças, devemos manter nosso espaço e lutar por um país mais justo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário