sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lembrar é resistir


Nesse mesmo dia, em 1964, os militares assumem o poder no Brasil e dão início a um dos piores momentos da nossa história. O Brasil foi vendido ao Imperialismo norte-americano, nosso direito foi tirado, nossa voz calada, nossas idéias censuradas.

Quando Jânio Quadros renuncia, e João Goulart  assume, as manifestações sociais ganham mais força e reconhecimento. Os trabalhadores, estudantes e operários ganham voz no governo e, como não podia deixar de ser, ainda mais em plena Guerra Fria, a direita no Brasil começa a ficar com medo de uma possível aproximação com os comunistas.
A partir desse medo diversas atitudes foram tomadas, como a adoção do regime parlamentarista, que reduzia os poderes de Jango. Esse sistema ficou vigente durante 61 e 62, e no próximo ano, através de um plebiscito, volta ao regime presidencial.
Jango era acusado pelos partidos de oposição, UDN e PSD, de preparar um golpe de esquerda e o responsabilizava pelos problemas que o país vinha enfrentando.
Um grande comício foi realizado por João Goulart no Rio de Janeiro, no dia 13 de Março, nessa ocasião o então presidente defendeu as reformas de base e citou mudanças radicais na economia e educação, chegando a citar a reforma agrária.
Dias depois, 19 de março, a ala conservadora do Brasil realizou a famosa “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, que reuniu a direita brasileira,  entre ela proprietários de terras, empresários e a Igreja, tudo para frear o avanço social que Jango queria para o Brasil, e além disso,  “preparar o terreno” para os militares.
As tensões aumentavam a cada dia, chegando ao seu estopim no dia 31 de março,quando as tropas saíram às ruas. No dia 1º de maio (dia propício) os militares assumem o poder. Jango deixa o país e vai para o Uruguai.
Começa a ditadura Militar no Brasil. O período durou mais de 20 anos (até 1985) e deixou uma mancha de sangue na nossa história. Lembrar é resistir.

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