domingo, 25 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
A política na era da Internet
A internet
se apresentou como espaço democrático onde todos podem expressar suas opiniões
que sempre terá alguém ouvindo, concordando ou não. Esse espaço motiva as mais
diversas formas de expressão e organizações, das mais diferentes naturezas. Os
grandes movimentos estão, na sua maioria, ligados à política, como a revolução no
Egito, Churrasco da gente diferenciado, protestos contra Sarney, Movimento
Passe Livre, só para citar alguns exemplos, resta saber se isso está trazendo
uma conscientização política, ou são assuntos sazonais que geram movimentação
na rede e refletem na realidade.
Podemos
entender a internet como uma motivadora de uma pré-disposição que os jovens têm
de se expressar politicamente e participar da vida política/social da
sociedade, isso serve de argumento para os mais otimistas sobre o tema, mas
confesso que não sou tão otimista assim.
Não
discordo da importância que a internet vem tendo nos últimos tempos, do seu
papel democrático e de difusor de informação, mas daí a ter o título da grande
responsável pelos movimentos sociais que estão acontecendo, eu não concordo.
Como grande difusora eu não tenho dúvidas que a internet desempenha seu papel
com excelência, mas não aceito a ideia de que a internet é a responsável pelas
conquistas ou manifestações recentes.
Tomando
como exemplo a queda do ditador Mubarak, é injusto com todos aqueles que
morreram e lutaram contra as tropas do ditador achar que tudo só foi possível
graças ao twitter e facebook. Mais uma vez insisto na importância que essas
redes sociais tiveram, mas como difusoras, para mostrar ao mundo o que estava
acontecendo e como uma ferramenta de organização. Mas o que tirou o ditador
foram as pessoas que saíram às ruas e se colocaram contra o regime. Achar que
tudo isso foi graças ao facebook, na minha percepção, é errado. As revoltas
aconteceriam de um jeito ou de outro, talvez com uma dificuldade a mais na
organização, mas aconteceriam.
Na rede, o
que predomina, daí o advento da mesma, é o pensamento individual, é a
possibilidade de colocar o que quer, individualmente, em evidência. Na
internet as vontades e aspirações individuais, devido a abrangência, se
coincidem com de outros, mas isso não faz com que percam o caráter
individualista. Na rede não existe um abandono de um bem estar individual para
um coletivo, por isso as grandes transformações não terão forças o suficiente
para acontecerem.
A frase
“xingar muito no twitter” que já virou uma expressão comum, explica bem toda
essa situação. As redes sociais, quando falamos de manifestações políticas e
sociais, são cômodas. Isso porque tira o “peso na consciência” que as pessoas
possam vir a ter por não participar da vida política da sociedade e dá a
possibilidade de se manifestar sentado na frente do computador, sem grandes
esforços.
Acreditar
que as coisas mudarão por um simples post no twitter ou vídeo no youtube é
ilusão. Temos que passar a enxergar as redes sociais como uma ferramenta de
organização, e não como peça chave para as conquistas dos novos tempos.
Grandes conquistas já aconteceram sem as “redes sociais” para auxiliar. O
grande personagem é, e sempre será, o povo, o que auxilia esses movimentos é
variável, inconstante, a força da união popular prevalece com o tempo e se
adapta as novas necessidades e tecnologias.
Além disso,
a utilização da internet para discussões políticas é mínima. Segundo
pesquisas da Power to the people, dos participantes de redes sociais 74%
a utilizam para enviar mensagens aos amigos; 55,1%, para postar suas fotos;
33,6%, para baixar e ouvir músicas; 30,8%, para preencher seus blogs, na
maioria com informações pessoais ou sobre a família; 23,3%, para instalar
aplicativos; 21,9% para publicar vídeos; 18,3%, para namorar; 9,8%, para
promover bandas musicais e 3,2%, para outras atividades e, para os mais
otimistas, pode estar dentro dessa pequena parcela as discussões políticas.
A
militância política na internet pouco serve se permanecer na internet. Se não
for exteriorizada de nada funciona. Um twit, comentário ou vídeo desaparecem
assim que aparecer algo mais interessante, quem não está interessado, desliga o
computador ou muda de site. As mobilizações sempre serão as vozes daqueles que
estão reivindicando. Essa não dá pra mudar de página ou esquecer.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Pensamento de uma sexta...
Tirado do texto O ovo da serpente publicado no sitio de Adital
De Frei Betto
“As mobilizações tipo Ocupem Wall Street servem para
denunciar, não para propor, se não houver um projeto político. Quem se queixa
do presente e teme o futuro, corre o risco de se refugiar no passado – onde se
abrigam os fantasmas de Hitler e Mussolini.”
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
A cara da dignidade
Por Emir Sader, publicado no sítio de Carta Maior
Que bom que uma foto como essa reflita um momento como esse,
com essa cara de dignidade, enfrentando seus algozes, que escondem seus rostos!
Que bom que essa foto reflita a cara de uma militante depois de 22 dias e noites das torturas mais cruéis – de pau de arara, choque elétrico, afogamento e outras violências físicas -, como não se quebra a coragem de um ser humano que se decidiu a lutar contra as injustiças!
Que bom que as novas gerações possam ver isto, quem estava de cada lado, quem dava a cara e quem escondia a cara!
Que bom que uma foto como esta venha a público quando a Comissao da Verdade está prestes a começar a funcionar e alguns ainda pretendem passar a ideia de que eram dois grupos armados digladiando-se, como se não houvesse quem estava do lado da ditadura e quem estava do lado da democracia!
Que bom que os jovens de 22 anos possam hoje ver o que foi a vida daquelas gerações dos que lutamos contra a ditadura!
Que bom que pudemos ter gerações com aquela, que lutaram com dignidade, não medindo sacrifícios, para que pudéssemos derrotar a ditadura!
Que bom que se possa romper a censura da velha mídia e publicar fotos como essa e outras daquela época, de tão triste memória para o país, e que os que estiverem implicados nela querem fazer esquecer.
Que bom que existam pessoas que enfrentaram e seguem enfrentando as injustiças com essa coragem e essa dignidade.
Que bom que tenhamos uma mulher assim como Presidenta do Brasil!
Que bom que essa foto reflita a cara de uma militante depois de 22 dias e noites das torturas mais cruéis – de pau de arara, choque elétrico, afogamento e outras violências físicas -, como não se quebra a coragem de um ser humano que se decidiu a lutar contra as injustiças!
Que bom que as novas gerações possam ver isto, quem estava de cada lado, quem dava a cara e quem escondia a cara!
Que bom que uma foto como esta venha a público quando a Comissao da Verdade está prestes a começar a funcionar e alguns ainda pretendem passar a ideia de que eram dois grupos armados digladiando-se, como se não houvesse quem estava do lado da ditadura e quem estava do lado da democracia!
Que bom que os jovens de 22 anos possam hoje ver o que foi a vida daquelas gerações dos que lutamos contra a ditadura!
Que bom que pudemos ter gerações com aquela, que lutaram com dignidade, não medindo sacrifícios, para que pudéssemos derrotar a ditadura!
Que bom que se possa romper a censura da velha mídia e publicar fotos como essa e outras daquela época, de tão triste memória para o país, e que os que estiverem implicados nela querem fazer esquecer.
Que bom que existam pessoas que enfrentaram e seguem enfrentando as injustiças com essa coragem e essa dignidade.
Que bom que tenhamos uma mulher assim como Presidenta do Brasil!
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Cuba, país com melhor desenvolvimento humano da América Latina
Via Pátria Latina
Cuba confirmada
como o país com melhor desenvolvimento humano da América Latina
O Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA em inglês), na apresentação do Informe sobre o Estado da
População Mundial 2011, além de analisar o fato de que o mundo chegou aos 7
bilhões de habitantes, assegurou que Cuba é a nação com mais alto
desenvolvimento humano latino-americano, chegando a afirmar que conta com um
desenvolvimento equivalente a um quarto de século de avanço em relação aos
demais países da América Latina e do Caribe.Isso ocorre devido aos baixos níveis de mortalidade do país, a elevada esperança de vida, seu acesso à saúde e educação, sua saúde sexual e reprodutiva, e os indicadores de envelhecimento de sua população, todos com valores similares e, inclusive, maiores aos de nações industrializadas.
Com respeito ao enfoque sobre os 7 bilhões de pessoas no mundo, a UNFPA não só evidenciou dados demográficos, como também o aprofundamento das problemáticas sociais e econômicas que implicam no crescimento da população, onde se alguns questionamentos foram levantados: De que maneira reduzir as lacunas entre ricos e pobres e retificar as desigualdades entre homens e mulheres, e entre meninos e meninas? Ou ainda: Como alcançar que as cidades sejam lugares aptos para viver?
O documento mostrou os grandes contrastes sociais e as necessidades de trabalharmos unidos pelo progresso, como, por exemplo, a questão da natalidade. Enquanto nas nações européias mais industrializadas nascem 1,5 crianças por mulher, na África - de alarmantes indicadores sócio-demográficos e grande pobreza -, nascem cinco bebês por mãe.
Esta conquista de Cuba se soma a sua reconhecida luta contra o racismo, a desnutrição infantil e sua comprovada qualidade em todos os níveis de educação.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Pobreza na América Latina fica 17 pontos percentuais menor em dez anos
Via Agencia Brasil
Pesquisa da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) aponta que, em dez anos, a taxa de pobreza na América Latina diminuiu 17 pontos percentuais. No período, o índice caiu de 48,4% para 31,4%. Houve redução também na taxa de indigência – parcela da população que vive abaixo do nível de subsistência –, que saiu de 22,6% para 12,4%.
Os dados constam do documento intitulado O Panorama Social da América Latina 2011, que afirma que as taxas são as menores registradas nos últimos 20 anos. A expectativa da Cepal é que o índice de pobreza fique ainda menor em 2011, com 30,4%, o que significa 101 milhões de pessoas nessas condições. O índice de indigência sofrerá pequeno aumento, fechando o ano em 12,8%, com 73 milhões em situação de pobreza extrema.
Segundo o documento, a redução da pobreza é atribuída ao aumento de renda e do trabalho. “Embora a queda da pobreza seja devida principalmente ao crescimento da renda média dos domicílios, a redução da desigualdade também tem incidido de maneira significativa. Apesar da leve redução da desigualdade, isso contribui para configurar um cenário favorável, sobretudo em um contexto de ausência prolongada de melhoras distributivas generalizadas”, diz o estudo.
Em contrapartida, a alta nos preços dos alimentos neutralizou o aumento previsto nas rendas domiciliares e ocasionou leve aumento da taxa de indigência.
Cinco países registraram reduções significativas em suas taxas de pobreza: Peru (-3,5 pontos), Equador (-3 pontos), Argentina (-2,7 pontos), Uruguai (-2 pontos) e Colômbia (-1,4 pontos). Nesses países, a variação das taxas de indigência também apresentou sinal negativo, com quedas entre 0,5 e 1,7 ponto percentual.
Honduras e o México foram os únicos países com incrementos significativos em seus índices de pobreza e de indigência, de 1,7 e 1 ponto percentual, respectivamente, no primeiro país e de 1,5 e 2,1 pontos percentuais no segundo.
Minha observação:
Nos últimos anos, não coincidentemente os mesmos 10 destacados pela pesquisa, a América Latina vem passando por uma “quinada à esquerda”. Governos como e de Lula no Brasil, Chávez na Venezuela, Evo na Bolívia, Rafael Correa no Equador e Humala no Peru dão uma nova cara à política latino americana, que mesmo com o mundo em crise, apresentam índices de crescimento e melhora na qualidade de vida. Tudo isso, reflexo de uma política mais humana e justa.
Enquanto os ditos “países de primeiro mundo” se afundam na crise e tentam, em vão, uma salvação pelo sistema neoliberal, a América Latina dá um exemplo de modelo alternativo para superar as dificuldades e passar, a exemplo do Brasil, o período de recesso mundial com aumento nos índices de desenvolvimento econômico e social.
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