Ao estilo papagaio de
pirata, tem gente que não cansa de repetir o que escuta ou assiste na grande
mídia.
Não sei se em todos os
lugares, mas aqui em São
Paulo tenho a impressão de ter uma classe média que defende,
com unhas e dentes, o título de detentora oficial do senso comum.
Que São Paulo tem um perfil
mais reacionário, não é novidade. Aqui, estamos fechados à mudança, preservamos
medos antigos e apoiamos valores que há tempos já não se encaixam mais à nossa
sociedade.
Gosto de discussões, não
fujo do debate, muito pelo contrário, acho que tudo isso acrescenta muito, mas
nesse caso a questão é outra. Nessas situações, essas pessoas simplesmente
repetem o que escutam, sem refletirem coisa alguma.
Quem nunca ouviu as frases:
“político é tudo corrupto”, ou “esse bando de estudante maconheiro”? No meu
caso, por razões obvias (basta ler meus textos) não faltam os comentários:
“Como você pode gostar do Fidel Castro, aquele ditador” ou “Hugo Chaves é um
maluco”, “Che Guevara era uma assassino” e por ai vai...
Aqui em São Paulo,
especialmente, ouvir falar mal do Lula já virou rotina, a vantagem é que as
“queixas” são sempre as mesmas, e para essas eu já tenho a resposta formada.
Dias desses, já irritado com
essas repetições, fiz uma pergunta que talvez seja a chave para deixar de ouvir
ou, simplesmente, para fazer com que essas pessoas pensem antes de falar.
Resolvi perguntar: Por que?
As reações diante dessa
pergunta foram as mais variadas.
Algumas pessoas travaram,
não conseguiram falar mais nada. Outras tentaram justificar, mas sem sucesso.
Algumas outras enchem o peito e soltam frases como “li na Veja” ou “passou no Jornal
Nacional”, essas coisas. Para essas eu me permito não continuar, paro por ai
mesmo e finjo que não escutei nada.
Mais uma vez, só pra
enfatizar, o problema não é ter opinião divergente, o problema é repetir
opiniões sem o menor conhecimento do fato, ao estilo papagaio de pirata...
Um trecho da música “Prioridades” de BNegão.
Então é isso: living la vida tosca!
Nossa capacidade de enxergar a realidade será nosso passaporte de liberdade
Nosso maior inimigo somos nós mesmos
Reféns de nossa própria ignorância (ignorância da própria)
Nenhum comentário:
Postar um comentário