Está tudo perdido. O mundo
está uma bosta e não tem mais jeito. Onde já se viu, gente fazendo caridade e
se orgulhando disso? Não! Isso não está certo. Quando coisa boa vira exceção é
sinal de fim dos tempos, ou melhor, fim do mundo.
Que acabe mesmo em 2012,
talvez seja melhor assim. Sei lá, vai que os mais crentes estão certos e
realmente existe a tal vida após a morte. Espero que ao menos lá as coisas caminhem melhor. Não espero um “paraíso”,
isso também não deve ser muito bom, é uma calmaria tediante, mas que seja
melhor, sem essa de “cada um por si e que se fodam os outros”.
Agora, se não acabar em
2012 complica... As tecnologias, por milhões que custam, não possibilitaram
nossa vida em outro planeta. Cheguei a cogitar uma sociedade alternativa,
dessas que se come àquilo que planta, que se prega a liberdade e tal, mas ai
fiquei pensando na velocidade e voracidade dos avanços do mercado e percebi que
qualquer sociedade dessa seria, no máximo, uma colônia de férias.
O caos. Arrisco dizer num
caos geral. É para isso que caminhamos.
A imagem que me vem a
cabeça é aquela que descreve Saramago em seu livro “Ensaio sobre a cegueira”.
Aqui, o cego já fomos. O caos será quando o inverso acontecer, quando
conseguirmos enxergar o mundo, enxergar aonde chegamos. A cegueira será de
opção.
Ai quem sabe, quando tudo
isso por fim acabar, alguma outra explosão reviva o Big Bang e tudo volte às
cavernas.
Enquanto isso não
acontece, que ao menos tentemos mudar, fazer diferente, tirar a bunda do sofá e
parar de curtir status no facebook. Vamos viver uma vida mais agitada. Como já
disse Maiacovsky, “é melhor morrer de vodca do que de tédio”.